Dr. Diogo Bugano: ““é essencial ter em mente que o câncer gástrico é agressivo e que causa mudanças no estilo de vida do paciente. A doença pode ter sintomas similares a outras, retardando, assim, o diagnóstico”.
O dia 28 de setembro é lembrado como o Dia de Combate ao Câncer Gástrico, o qual ocupa a quinta posição entre os tumores mais frequentes no Brasil. Durante o triênio de 2023 a 2025, estima-se o diagnóstico de 21 mil novos casos da doença, sendo um pouco mais frequente em homens na região Sul do país. Todavia, um ponto de atenção é a alta mortalidade, pois apenas em 2020 ocorreram cerca de 13 mil óbitos no Brasil, devido a deficiência do diagnóstico precoce e a doença apresentar sintomas parecidos com outras condições do trato digestivo. Isso ocorre porque os sintomas só aparecem em fase avançada, podendo evidenciar uma necessidade ainda não atendida no manejo do paciente com câncer gástrico, mostrando a necessidade de novas abordagens terapêuticas.
Nesse sentido, destaca o oncologista Diogo Bugano, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo/SP, é fundamental prestar atenção em sinais como perda de peso, falta de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio ou desconforto abdominal persistente, vômitos e náuseas. Nesses casos, é importante procurar atendimento médico o quanto antes para investigar as causas do problema.
Após diagnosticado o câncer gástrico, o tratamento mais adequado deve considerar as individualidades do paciente e as especificidades do tumor. Atualmente, as opções terapêuticas são a cirurgia, quimioterapia, imunoterapia, radioterapia, terapias–alvo ou mesmo combinações de tratamentos.
A cirurgia, por exemplo é uma abordagem mais utilizada quando o paciente está nos estágios iniciais e com condições físicas suficientes. Já a terapia–alvo é um tipo de tratamento que age especificamente nas células cancerígenas, podendo provocar menos eventos adversos. É importante destacar que a terapia-alvo exige exames para determinar se o paciente é elegível ao medicamento. Portanto, é crucial realizar todos os exames para orientar a melhor condução para cada caso.
O Dr. Diogo alerta ainda: “é essencial ter em mente que o câncer gástrico é agressivo e que causa mudanças no estilo de vida do paciente. Assim, como uma medida de diminuir os casos do câncer gástrico é necessário ficar atento a erradicação da H. Pylori, uma bactéria encontrada no estômago e está presente em aproximadamente metade da população mundial. Além disso, seguir uma dieta rica e saudável são estratégias imprescindíveis na prevenção da doença”.