O presidente do Hospital Vila da Serra, Dr. Wagner Issa: “profissionais, pacientes e famílias têm que ser incluídos na discussão sobre qualidade”.
A importância da liderança para a construção da qualidade do atendimento aos pacientes foi tema do VIII Simpósio de Gestão e Qualidade do Hospital Vila da Serra (HVS), que reuniu no último dia 12 de novembro, terça-feira, na sede da instituição, profissionais de setores estratégicos do HVS e representantes de outros hospitais da capital mineira.
O simpósio já é um evento tradicional da comunidade de saúde. “Ele é aberto ao público, o que possibilita a troca de experiências e de contatos, entre os participantes”, destaca o presidente do Vila da Serra, Dr.Wagner Neder Issa, ao explicar que a instituição entende que profissionais, pacientes e famílias têm que ser incluídos na discussão sobre qualidade.
Segundo ele, os gerentes devem conscientizar-se para a necessidade de serem líderes. “Gerentes se ocupam com coisas e processos. São líderes de pessoas e decisivos para a mudança de comportamentos. Os processos já estão definidos, mas o fator humano é decisivo”, lembrou.
Para o diretor do HVS, Dr. Márcio Salles, a gestão da qualidade hospitalar é um setor considerado estratégico pela instituição e depende do fator humano para tornar-se realidade. “O simpósio é uma forma do hospital promover esta cultura, inclusive com outras instituições de saúde, e, também, para agradecer aos nossos colaboradores por mais um ano de trabalho”.
Palestrantes – A palestra de abertura do evento ficou a cargo da diretora da Grupo & Companhia, Ana Couto, que é também escritora, professora convidada da Fundação Dom Cabral na área de Liderança, psicóloga e especialista em RH. “O ambiente psicologicamente seguro é o que cultiva a qualidade. O líder é o guardião do comportamento e das atitudes que vão gerar esse ambiente, onde o profissional canaliza a sua energia para aprender e não para se defender das ameaças de colegas e chefes”, analisou.
O fundador da plataforma para Humanização Organizacional FairJob, Fernando Brancaccio, formado em Administração e em Neurociência e professor da pós-graduação das Faculdades Albert Einstein e Unip e “besteirologista” do Hospital Israelita Albert Einstein, exaltou o valor da alegria, do sorriso e da interação com o outro para formar ambientes mais saudáveis para os colaboradores. “A diversão não é o contrário de sério, mas de chatice”, disse.
Durante a sua explanação, a coordenadora do Serviço de Psicologia e Experiência do Paciente do Hospital Israelita Albert Einstein, Ana Murzela Kernraut, lembrou que a experiência do paciente passou a ser “a menina dos olhos” das instituições hospitalares há 20 anos e que o consumerismo em saúde, prática de verificação de qualidade que já é usada pelos clientes em outros setores, é um fator que não pode ser desconsiderado. “Para oferecer uma boa experiência para os pacientes, é preciso oferecer boa experiência para os colaboradores. Qualidade e experiência estão intimamente ligados”, pontuou.