Startup cria assistente virtual para auxiliar mulheres com câncer de mama

A empresa nasceu alicerçada na experiência da Dra. Sandra Gioia, cirurgiã oncológica com mais de 25 anos de prática 

Fundada em 2023, com operações no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, a PinkMapp atua com foco no sistema público de saúde, facilitando o acesso ao diagnóstico precoce, à disseminação de informações de qualidade e ao tratamento justo e oportuno do câncer de mama, além de ajudar a reduzir custos para o sistema de saúde, por meio da navegação virtual de pacientes.

A empresa nasceu alicerçada na experiência da Dra. Sandra Gioia, cirurgiã oncológica com mais de 25 anos de prática, que já impactou a vida de milhares de mulheres em diversas regiões do Brasil. Recentemente, a startup lançou uma navegadora virtual, a LucIA, baseada em inteligência artificial (IA), para auxiliar pacientes oncológicas de mama ao longo de sua jornada, fornecendo orientações, conhecimentos sobre a doença e instruções sobre os passos a serem seguidos no sistema de saúde.

Trata-se de uma plataforma digital de navegação de pacientes, que visa salvar vidas e reduzir custos. A solução promove o aumento do rastreamento de mulheres em risco para a doença, resultando em diagnósticos cada vez mais precoces, aumentando a sobrevida, reduzindo os impactos individuais e otimizando o sistema ao evitar despesas com tratamentos de doenças em estágios avançados.

A navegação oferecida é um serviço essencial, especializado, com base científica e amplamente utilizado no mundo, que coloca a paciente no centro do sistema, identificando e eliminando barreiras que dificultam o acesso justo e oportuno aos atendimentos.

Reconhecimento e Validação – A plataforma PinkMapp digitalizou a metodologia aplicada pela Dra. Sandra Gioia e vem sendo utilizada desde novembro de 2023 no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart e na Clínica da Família Vila Rosali, ambos em São João de Meriti (RJ).

Recentemente, os resultados dessa navegação de pacientes na saúde pública do Rio, programa que foi oficializado pela Secretaria de Estado de Saúde, este ano, e liderado pela Dra. Sandra Gioia, serão apresentados no maior evento mundial em oncologia pela Union for International Cancer Control (UICC) em Genebra, Suíça. Esses resultados também já foram apresentados no ISPOR Europe 2023 (The Professional Society for Health Economics and Outcomes Research) que aconteceu em Copenhagen, Dinamarca, em novembro de 2023.

O estudo conclui que a falha em iniciar o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico, conforme prevê a Lei 12.732/12 do Ministério da Saúde, dobra o risco de morte pelo câncer de mama. Outros estudos internacionais calculam que um atraso de oito semanas para o tratamento aumenta esse risco em 17% e em 26%, em um atraso de 12 semanas.

Os efeitos positivos foram vistos em várias oportunidades. A média brasileira de cobertura mamográfica (mulheres da população alvo em dia com seus exames) gira em torno de 30% apenas. Esse índice atingiu 85% nas organizações de saúde que fizeram uso da metodologia. Nessas mesmas organizações, 86% das mulheres iniciaram seu tratamento em até 60 dias do diagnóstico, conforme prevê a lei, comparado com a média do município de 40%.

Sair da versão mobile