Por: Lucio Teixeira Carvalho
Jornalista | Um dos organizadores do FELIT- Festival de Literatura de São João del-Rei
Sócio-diretor da Via Comunicação | Membro da equipe editorial do portal Medicina e Saúde
Nesses últimos dois anos, desde o primeiro caso de covid no mundo, a arte – em suas diversas expressões – tem sido o esteio de todos nós, principalmente durante o período de confinamento social. Ao longo de todo esse tempo, este segmento – que sempre foi colocado em segundo plano pelos nossos governantes, vem trazendo conforto e alegria para a nossa alma, aprisionada pelo medo. Nossas mentes foram assombradas de tal forma que muitos corações não resistiram e adoeceram, mas muitos resistiram bravamente, ao entrar no mundo das artes, e, nesse particular, graças ao trabalho desses maravilhosos artistas, muitos, provavelmente, desconhecidos da grande mídia.
Em momentos de tristeza, a comédia nos trouxe alegria; em momento de aflição, o romance nos trouxe a serenidade; em momentos de angústia, o cinema nos deu esperança, nos levando a acreditar no potencial do ser humano; em momentos de solidão, a música elevou a nossa alma e nos uniu a emoção criadora desses fantásticos compositores, nos dando esperança e resiliência e ao nos motivar a viver, apesar das tristezas, das depressões trazidas, não apenas pelo confinamento social, mas, principalmente, pelas perdas de muitas vidas que tivemos ao longo desse período.
Agora, com relativo relaxamento das medidas sanitárias, podemos usufruir mais ainda da música, do cinema, de um bom livro, da dança, da fotografia, enfim, de todas as manifestações que a arte nos oferece e nos proporciona, por que nossos olhares aprenderam, nesse longo período, a enxergar melhor a enorme alegria de ouvir uma nota musical, de apreciar cada história de um bom filme, cada personagem de um livro. Muitos, inclusive, têm aprendido nesses novos tempos, a contemplar a arte do maior artista: o criador da vida que se renova a cada instante, a cada estação, nas mais diversas formas, cores, perfumes e texturas da natureza.
Assim, como você tem agora um novo olhar para a arte, vamos usar e abusar dela. Pegue um papel e um lápis e escreva um livro de memórias. Se achar demais, escreva um conto, uma crônica, invente uma piada. O importante é não deixar o papel em branco.
Pegue um pincel e uma tinta e pinte as suas emoções. Misture as cores verde, azul, amarelo, vermelho e branco, tantas que quiser. Depois coloque uma linda moldura na tela e pregue o quadro em lugar de destaque em sua casa.
Veja com amigos sugestões de filmes, mas de filmes alegres, de preferência comédias românticas para encher o seu coração de beijos e sonhos.
Você pode também fazer uma lista das músicas que mais gosta. Aí, enrole o tapete da sala e transforme o espaço em uma pista de dança e dance, mas dance muito. De repente, se você não se tornar um grande dançarino, ou dançarina, se tornará uma grande criança, por que a vida é isso mesmo: uma enorme pista de dança, onde a gente pode ensaiar todos os passos que quisermos. Ah, e se cair, levante e continue em frente. Assim, use e abuse da arte. Ela promove saúde e alimenta a nossa alma!