As regras são diferentes entre as companhias aéreas, sobretudo em voo internacional
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Pesquisa recente divulgada pelo Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostra que mais de 10% da população brasileira tem diabetes, doença crônica que exige cuidados diários. Já a pressão alta, segundo estudo da OMS, atinge quase metade da população adulta do país. O uso de medicamento contínuo é uma premissa para essas e muitas outras pessoas, que dependem às vezes de mais de um remédio. Mas, e quando precisa viajar? Rafaela Sarturi, farmacêutica, de Curitiba/PR, destaca os cuidados que as pessoas e seus familiares precisam ter ao chegar num aeroporto ou ainda para que os remédios não sejam danificados.
A primeira coisa que Rafaela alerta é para que os viajantes estejam atentos às regras de cada uma das companhias aéreas, sobretudo se houver algum voo internacional. “Diferentes nações podem impor restrições particulares à importação de determinados medicamentos, e estar ciente dessas normativas é essencial para evitar surpresas desagradáveis ao chegar ao destino. Por exemplo, a dipirona, que é amplamente utilizada no Brasil, é proibida nos EUA e alguns países da Europa. Então, antes de viajar, seja um paciente crônico ou não, é preciso ficar de olho nessas restrições”, diz ela. Confira mais dicas da farmacêutica.
Receita na mão – e no celular! – A dica de ouro para não ter problemas é levar a receita do medicamento. O Brasil é um dos países que mais se automedica e apresentar a prescrição médica é sempre a maior garantia que o viajante pode ter. Além disso, é importante pedir mais de uma via da receita para o médico, caso precise, assim como providenciar a prescrição na língua do seu destino de origem. Para facilitar, é possível contar com a receita digital. Hoje, esse recurso é amplamente utilizado e muito prático, pois você não precisa de várias vias, apenas um único arquivo PDF, assinado digitalmente pelo médico responsável basta. Muitos países não aceitam receitas de outros nações, mas ter uma prescrição de um médico facilita o caminho, e a receita digital, que pode ser acessada pelo celular, facilita mais ainda.
Transporte – Além da prescrição médica, a farmacêutica lembra que o armazenamento correto para o transporte dos remédios é muito importante. Levar somente o necessário, em suas embalagens originais e com nota fiscal, são também modos de assegurar que a pessoa tenha acesso ao medicamento durante toda a viagem. Diabéticos e asmáticos, por exemplo, devem ficar atentos às quantidades estipuladas de seringas, agulhas e bombinhas pelas autoridades. Da mesma forma, se informar se as aeronaves possuem câmara fria, caso seja necessário. Já para quem está pensando em transportar os medicamentos na bagagem de mão é preciso saber que remédios líquidos, como xaropes, normalmente são permitidos até 100 ml, nas embalagens originais. É uma medida de segurança que também garante conformidade com as normas e o mínimo de um tratamento durante a viagem.