Dra. Fernanda Colombo: “O cardiologista sabe da velocidade com que tudo acontece na medicina. Por isso, está sempre ávido por ciência, novas tecnologias, dispositivos e medicamentos”
“O gigante voltou”. A frase que se tornou o bordão do Congresso de Cardiologia da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, retrata a representatividade e abrangência do evento traduzida em números. Em junho deste ano, quando se tornou presencial novamente, após dois anos de pandemia, o evento atraiu 6.474 congressistas de 25 estados e 691 palestrantes, sendo 519 médicos e 172 profissionais de saúde de áreas como educação física, enfermagem, farmacologia, fisioterapia, nutrição, odontologia, psicologia e serviço social, além do grupo de estudos em cuidados paliativos. Todas estas áreas – por estarem intrinsicamente ligadas à cardiologia – têm departamentos próprios na estrutura da SOCESP.
De acordo com a presidente da entidade paulista, Ieda Jatene, “trata-se de um evento da cardiologia nacional, que está entre os três maiores do mundo. A última edição trouxe o que aprendemos na pandemia: a necessidade da inovação tecnológica, mas que não dispensa o networking, a troca presencial de conhecimento e abraços”.
Para ela, “a tecnologia permite que alcancemos médicos no Brasil e no mundo e nossa motivação é poder divulgar esta expertise: todos saem atualizados sobre as descobertas relacionadas às doenças cardiovasculares (DCVs). Diria, assim, que o congresso ajuda a salvar vidas porque permite que os médicos, ao se informarem, tenham melhor capacitação para atender seus pacientes”. A grandiosidade destas ações impacta positivamente a sociedade, uma vez que as DCVs são as que causam maior mortalidade mundial, com cerca de 18 milhões de óbitos anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ou aproximadamente 400 mil mortes só no Brasil.
O evento – O 43º Congresso de Cardiologia da SOCESP acontecerá nos dias 8, 9 e 10 de junho de 2023, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Ele contará com uma dupla feminina de presidentes: Ieda Jatene, à frente da entidade, e Fernanda Colombo, presidindo o evento.
Para Leda Jatene e Fernanda Colombo, “o conteúdo gerado no Congresso da SOCESP tem a credibilidade que a comunidade médica espera. O cardiologista sabe da velocidade com que tudo acontece na medicina. Por isso, está sempre ávido por ciência, novas tecnologias, dispositivos e medicamentos. Transmitir essas informações, com alto conteúdo científico e de uma forma prática, tem impacto muito rápido nas condutas frente ao paciente”.
Entre os destaques da programação 2023, está a montagem de duas Arenas para atender também atividades científicas patrocinadas com eventos de 30 minutos de duração. “A adesão dos congressistas à Arena, no Congresso 2022, nos motivou a fazer esta duplicação”, conta a presidente do evento, ao destacar que há grande procura quanto a temas específicos, cuja abordagem é feita de forma rápida, porém com conteúdo robusto e respaldado na literatura. Nesse espaço, teremos, assim, debates com tópicos de várias áreas da cardiologia, entre dois palestrantes, com participação interativa da plateia.
A Arena de Inovação e Tecnologia, que recebeu um número surpreendente de participantes, também será reeditada em 2023. A Rádio SOCESP, canal de comunicação piloto criado em 2022 e que ganhou o público pelo dinamismo e o teor das entrevistas, continuará no próximo ano.”
Provando que a inovação não para, a SOCESP recepcionará os presentes com um robô, apto a fornecer informações sobre a programação e conduzir o congressista até seu destino. As atividades das oficinas Hands On – que permitem simulação de procedimentos em bonecos, por exemplo, terão os temas renovados, assim como os Simpósios Satélites, organizados pelos parceiros.
“Uma das marcas registradas do Congresso da SOCESP são as várias formas de aprendizado”, lembra Fernanda. “Nosso foco é promover um evento que traga não só o melhor conteúdo científico, num ambiente com dinamismo e interatividade, mas que, em especial, possa motivar e inspirar nossos congressistas a se reciclarem para exercer uma cardiologia cada vez mais eficaz.”