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Novembro Roxo: UTI Pediátrica do Mater Dei Betim zera pneumonia em bebês prematuros nos últimos 12 meses

Crédito foto:  Rede Mater Dei

Pesquisas mostram que intercorrências respiratórias são as principais causas de internação em bebês, especialmente nos prematuros, que têm um sistema imunológico menos desenvolvido e, portanto, são mais suscetíveis a infecções. Considerando isso, a UTI Pediátrica do Hospital Mater Dei Betim-Contagem/MG, alcançou um marco importante: um ano sem casos de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica em prematuros – PAVM. O indicador é importante e difícil de ser obtido dentro das instituições hospitalares. O resultado só é possível com o trabalho em conjunto de profissionais de saúde, seguindo processos e protocolos previamente estabelecidos.

Segundo o Ministério da Saúde, esta é a infecção mais comum no ambiente hospitalar com cuidados intensivos e a principal causa de mortalidade entre as infecções hospitalares. De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), até 36% dos pacientes internados em hospitais são acometidos por PAVM, no Brasil. Esse número cresce quando se trata de bebês prematuros, já que os pacientes podem passar longos períodos utilizando a ventilação mecânica, o que aumenta o desafio das equipes assistenciais para prevenir a pneumonia. 

De acordo com a coordenadora da Fisioterapeuta da UTI Pediátrica do Hospital Mater Dei Betim, Vanessa Aguiar Menezes, alguns processos realizados contribuem para a marca positiva. “A retirada/troca de água do circuito, higienização oral adequada do paciente e a posição da cabeceira no leito são três pontos importantes e fazem parte de uma checagem diária que fazemos com todos os pacientes. Assim, garantimos que tudo está de acordo com as boas práticas de assistência”, destaca a especialista, ressaltando que, “além desse check list, todos os profissionais que integram a nossa equipe multidisciplinar são responsáveis por esse momento, médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas. Uma extubação (retirar o paciente da respiração artificial), por exemplo, é decidida ou não, após uma conversa multidisciplinar entre as equipes assistenciais”.

O cuidado integrado e personalizado é um dos destaques da Rede Mater Dei de Saúde, reflexo da excelência clínica e da segurança assistencial na instituição. A coordenadora da UTI Pediátrica do Mater Dei Betim-Contagem, Luiza Roland Milhorato, explica a rotina do cuidado e de alguns dos protocolos do setor. “Diariamente fazemos a corrida multidisciplinar, onde discutimos o que é melhor para cada paciente, principalmente pensando na retirada de dispositivos quando possível. Respeitar e analisar todo o check list, além das capacitações com a equipe”.

Ela destaca também que “é maravilhoso atingir esse marco dentro de uma UTI. Isso mostra que a equipe está fazendo o trabalho bem-feito, que é o nosso papel, e é gratificante saber que não geramos nenhum dano aos nossos pacientes, pensando sempre na segurança que preconizamos dentro da terapia intensiva. Nosso objetivo agora é manter esse indicador”. 

Para a enfermeira do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar da Rede Mater Dei, Andreia Paulina Ferreira Silva, é fundamental o apoio aos setores para que a excelência assistencial seja de fato alcançada. “Além de definir os protocolos de prevenção de infecção na instituição, atuamos dando apoio nas estratégias para prevenir infecções relacionadas à assistência. Para garantir o cumprimento dos protocolos são realizadas as auditorias. Desta forma, quando encontramos possíveis fragilidades, atuamos para aperfeiçoar o trabalho”.

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