Doenças da Tireoide afetam 50% da população brasileira

“Apenas em 2024 foram registrados 40 mil exames da glândula, sendo as mulheres o grupo mais atingido, representando 86,31% da amostra total”
Foto: Freepik
A tireoide é uma glândula de extrema importância para o bom funcionamento do corpo humano, assim como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Nos últimos 5 anos a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), prestadora de serviços de diagnóstico por imagem do Brasil, registrou cerca de 229 mil exames de imagem de tireoide.Destes, 130 mil são com possíveis achados de imagem referente às doenças da tireoide. Apenas em 2024 foram registrados 40 mil exames da glândula, sendo as mulheres o grupo mais atingido, representando 86,31% da amostra total.
Mediante a esses fatores, como forma de conscientizar sobre a doença, a FIDI, juntamente com o médico Harley De Nicola/São Paulo/SP, especialista em ultrassonografia e radiologia intervencionista, e superintendente médico da Fundação, separou 8 fatos sobre a tireoide para reforçar como é importante estar atento aos sinais e nas possibilidades de tratamento.
- As patologias mais comuns na tireoide são os nódulos (presentes em até 50% da população) e o hipotireoidismo (redução do funcionamento da glândula). No entanto, outros conhecidos também são o hipertireoidismo e o bócio (aumento do volume da glândula). Mesmo entre os menos conhecidos, é importante compreender que a Tireoide pode apresentar diversos sintomas. Por esse motivo exames preventivos são recomendados.
- A tireoide é uma grande aliada do crescimento e desenvolvimento humano, podendo afetar o peso, a memória, a fertilidade e o humor, entre outros aspectos. Ela é uma glândula que ajuda a controlar o metabolismo de todo o corpo, funcionando como uma “pilha”. Quando há o hipotireoidismo, o paciente funciona com a “pilha fraca”, com redução do seu metabolismo, já no hipertireoidismo acontece o contrário.
- O sistema de saúde (público e privado) está preparado para oferecer diagnóstico e tratamento adequados para tireoide por meio de exames de imagem (ultrassom) e dosagem hormonal (exame de sangue). Na FIDI, são realizados procedimentos para diagnóstico de possíveis achados na tireoide, como Ultrassom da Tireoide – com ou sem doppler colorido, e Punção Aspirativa por Agulha Fina Guiada por Ultrassom, bem como diagnósticos pela Medicina Nuclear.
- Além de medicação – que depende do tipo de disfunção, os tratamentos podem incluir a cirurgia e a ablação de nódulos. Também é recomendado manter uma vida saudável por meio de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e realizar exames de rotina.
- Problemas de tireoide estão presentes em todas as faixas etárias, podendo atingir crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, sendo que desse grupo as mulheres são mais atingidas. Em 2024 foram registrados 35 mil exames somente em mulheres, um número significativo. Os principais achados nos Exames FIDI são tireoidite autoimune, nódulos, cistos e exames pós-tireoidectomia.
- Existem diversos fatores de risco atrelados a problemas de tireoide, como idade, sexo, fatores genéticos, deficiência de iodo, fatores autoimunes, entre outros. Segundo dados da FIDI, a tireoide afeta primeiramente adultos (55,39%), seguido de idosos (38,15%), adolescentes (3,57%), e, por último, crianças (2,89%) de exames realizados.
- O número estimado de casos novos de câncer de tireoide para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 16.660 casos, acometendo mais em mulheres (14.160) do que em homens (2.500). Normalmente, as doenças são benignas e permanecem assim por toda vida. Mas, um problema causador de hipotireoidismo, que é a tireoidite de Hashimoto, aumenta o risco para câncer de tireoide. Nesse caso, não há prevenção, mas o diagnóstico precoce é essencial. Deve-se evitar ao máximo radiações na região do pescoço, pois é um fator de risco também.
- De acordo com o Dr. Harley, aproximadamente 90% dos nódulos de tireoide são benignos. Dos 10% restantes, a grande maioria é carcinoma papilífero, que responde muito bem ao tratamento. No geral, a sobrevida é de quase 100% em 10 anos.