Quais são as doenças das pálpebras e como o oftalmologista pode ajudar?
Dra. Priscilla Druddi: “toda prevenção é valiosa já que o diagnóstico precoce evita o agravamento de possíveis doenças”.
Todo cuidado é pouco quando se trata da visão. Embora poucas pessoas procurem o oftalmologista regularmente, essa é a maneira mais adequada para evitar complicações. Quando falamos em complicações, saiba que as pálpebras também merecem toda a atenção para evitar doenças graves. A oftalmologista Priscilla Druddi, diretora médica e sócia-fundadora da Olhar Certo e sócia-fundadora do Mira Hospital/São Paulo, lista três doenças da pálpebra e quais os cuidados com cada uma delas. Confira!
1. Blefarite – A blefarite é até bem comum, pode ser persistente e crônica. Como causa principal pode-se destacar uma disfunção das glândulas sebáceas da região palpebral. Quem tem pele oleosa, por exemplo, deve redobrar a atenção! Mas também as condições podem ser diversas como doenças da pele ou infecções das margens palpebrais.
Sintomas – Inchaço, vermelhidão, olhos secos, sensação de areia nos olhos e formação de crostas.
Tratamento – É fundamental redobrar os cuidados com a higiene e utilizar uma pomada antimicrobiana.
2. Terçol – Popularmente conhecido, o terçol tem também outros nomes tanto na linguagem médica quanto na popular: hordéolo e bonitinha. Trata-se de uma infecção na glândula palpebral, que pode se encher de pus, causar inchaço, trazer vermelhidão e dor. Por ser uma infecção bacteriana, talvez seja necessário o uso de antibiótico que deve ser indicado pelo médico oftalmologista para que tenha tratamento adequado. Conforme o caso, em alguns dias tudo se resolve. Mas se complicar, serão indicadas compressas, pomada ou até mesmo uma drenagem pelo profissional médico.
3. Ptose palpebral – Na maioria das vezes é associada apenas a uma questão de estética, que afeta a auto estima, já que representa as pálpebras superiores caídas. Porém, essa condição muitas vezes prejudica o campo de visão, que fica reduzido. Portanto, é importante uma avaliação do oftalmologista.
Tratamento – Dependerá de cada caso. Pode ser feito com exercícios visuais, massagens e estímulos. Porém, pode haver por parte do especialista, a indicação de procedimento cirúrgico, chamado blefaroplastia. O objetivo é a retirada do excesso de tecido (pele e gordura) em pálpebras, superiores ou inferiores.