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Varizes: baixas temperaturas aliviam os sintomas

Confira as recomendações da Dra. Helen Pessoni

As varizes são as vilãs da circulação sanguínea. No Brasil, a estimativa é de que a doença acometa cerca de 20 milhões de pessoas, segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro. Entre os sintomas mais atrelados à condição, estão dores, sensação de peso e cansaço, câimbras, edema ou inchaço, e vermelhidão nos tornozelos, entre outros. Mas você sabia que a temperatura mais baixa, característica dos dias de inverno, é uma grande aliada para controlar este mal-estar?

Conforme explica a angiologista e cirurgiã vascular Helen Pessoni, do Rio de Janeiro/RJ, “as varizes são veias dilatadas e tortuosas que ficam alteradas por diversos motivos, sendo o principal deles a herança familiar, causando enfraquecimento da parede venosa. Outros fatores que contribuem com a doença são o excesso de tempo em pé ou sentado, o uso de salto muito alto, gravidez, sedentarismo, obesidade e a utilização de hormônios, como o estrogênio”. Por falta de conhecimento ou por não haver sintomas em alguns casos, as varizes são vistas somente como uma preocupação estética para uma grande fatia da população.

Segundo a médica especialista, um fator curioso é que o inverno é o período do ano que mais ajuda a melhorar os sintomas. Isso acontece porque no verão, que é a época mais delicada, o calor favorece a dilatação das veias e a retenção de líquidos pelo organismo, ocorrendo mais inchaço, além de sensação de peso e cansaço nas pernas. No frio ocorre o oposto dessas situações, além de também ser o período mais indicado para a realização de tratamentos.

“É importante falarmos isso, pois o tratamento pode deixar arroxeados que, quando expostos ao sol, podem facilitar o surgimento de manchas. Já no inverno, como a exposição solar direta quase não existe, não há esta preocupação”, afirma Dra. Pessoni.

Para esclarecer algumas das principais dúvidas sobre varizes, a médica lista três recomendações para tratar ou evitar o mal-estar com os sintomas, confira:

1. Escolha do tratamento – Segundo a Dra. Helen Pessoni, são muitos os tratamentos e eles são indicados de acordo com cada tipo, calibre e profundidade das veias. “A escolha deve ser muito minuciosa e as técnicas e protocolos podem ser combinados em um mesmo paciente. Hoje, além dos tratamentos tradicionais de cirurgia e escleroterapia, temos também os procedimentos com laser, endolaser, espuma densa, entre outros”. Cabe ao médico vascular a análise e direcionamento para o que melhor atenderá o paciente.

 2. Atividades físicas – “Um conhecimento já antigo da população (e que vem também por meio da educação) é a prática regular da atividade física. Os exercícios são um dos principais fatores de prevenção, pois além de tonificar a musculatura das panturrilhas, também ativa o metabolismo e ajuda a eliminar o excesso de peso, outro fator de risco para o desenvolvimento de varizes”, recomenda.

3. Importância do tratamento precoce – Varizes é uma patologia sem cura. Trata-se de um problema crônico, mas com possibilidade de controle, manutenção e prevenção. “Tratar precocemente é o mais recomendado. Além disso, fazer manutenção regular também é o ideal. Costumo dizer que, se o seu organismo forma as varizes que estão no corpo, se você possui a tendência para o seu desenvolvimento, novas varizes podem se formar. Porém, aquelas tratadas adequadamente não voltam, são novos vasos aparecendo”, argumenta a especialista.

4. Procure um especialista – “A avaliação de um especialista é sempre muito importante, pois varizes podem ser um problema mais complexo do que as pessoas imaginam, necessitando de exames diagnósticos antes de qualquer tratamento, mesmo quando o caso parece simples e superficial e somente um especialista vascular pode realizar esta avaliação e o tratamento com segurança”, finaliza Pessoni.

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