Projeto de extensão da Faculdade de Medicina da USP realiza nova expedição humanitária ao RS
Iniciativa realizou mais de 400 atendimentos para comunidades indígenas e quilombolas afetadas pelas chuvas do RS
Crédito foto: André François/ImageMagica
Entre os dias 8 e 22 de julho, mais de 40 estudantes e médicos participaram da expedição de saúde humanitária da Faculdade de Medicina da USP, a comunidades afetadas pela catástrofe climática no Rio Grande do Sul.
Sob coordenação do Prof. Dr. Luiz Fernando Ferraz, e, em parceria com a Cruz Vermelha Brasileira e com a ONG Xingu+Catu, o grupo ofereceu atendimento médico gratuito a diversas localidades, especialmente indígenas e quilombola, situadas em um raio de ação de até 200 km de Porto Alegre, afetadas direta ou indiretamente pelas enchentes que assolaram o estado em maio.
O projeto, denominado Bandeira Científica, realizou 448 atendimentos à essa população e marcou uma nova etapa, reafirmando o “nosso compromisso de estar presentes em todo o território nacional, atuando pela promoção da qualidade de vida das pessoas assistidas e nos aproximando cada vez mais delas”, destaca Pedro Docema, presidente executivo da Bandeira Científica e aluno de Medicina da FMUSP.
Divididos em três equipes, os participantes desenvolveram plano logístico de mapeamento dos locais e viajaram por estradas de difícil acesso. Na ocasião, foram realizadas consultas médicas, exames preventivos e pré-natais, diagnósticos, além de tratamentos e atendimentos pediátricos.
Durante a expedição, foram utilizados diversos equipamentos de alta tecnologia, como ultrassonografia, equipamentos oftalmológicos e exames via satélite. Os pacientes também receberam os medicamentos gratuitamente. Já entre os parceiros, a equipe da Xingu+Catu realizou ações de promoção de saneamento básico e a Cruz Vermelha distribuiu doações arrecadadas às famílias visitadas.
Para os estudantes, a imersão em contextos desafiadores e culturalmente distintos proporciona um aprendizado inestimável, ampliando a compreensão sobre a diversidade de necessidades de saúde e fortalecendo a capacidade de adaptação e resolução de problemas em situações adversas. Para Pedro Docema, “a primazia da Medicina sempre esteve no cuidar, por vezes acima do tratar. Nossa ida ao Rio Grande do Sul relembrou o poder da saúde de transformar centenas de vidas, incluindo as nossas”.