Arritmia cardíaca! Se não tratada pode causar AVC isquêmico
Cardiologista do Pilar Hospital/Curitiba diz que os sintomas mais comuns da arritmia são as palpitações, mas algumas pessoas podem não sentir essa variação do ritmo
A arritmia cardíaca é caracterizada pelos batimentos irregulares do coração, podendo ser dividida em dois tipos: taquicardias, quando os batimentos são acelerados, e bradicardias, quando os batimentos são em um ritmo mais lento. Ambas podem levar ao colapso do coração. O médico cardiologista do Pilar Hospital, José Carlos Tarastchuk, explica como a condição da arritmia cardíaca se manifesta no corpo humano e os cuidados que se deve ter.
“Arritmia cardíaca é toda aquela situação em que o coração sai do ritmo normal, como se fosse uma banda que não está tocando no compasso, uma bateria que está alterando o ritmo. Isso porque nosso coração tem um ritmo, chamado sinusal. É um ritmo compassado, regular. Quando há uma variação nele, fora do normal, chamamos de arritmia cardíaca”, explica.
Segundo o especialista, os sintomas mais comuns são as palpitações, mas algumas pessoas podem não sentir essa variação do ritmo. “Os pacientes podem sentir palpitações em vários momentos do dia, mas naqueles momentos de repouso, em que não está muito atarefado, sem estímulo externo, é mais fácil de sentir essa alteração”, comenta.
Conforme o cardiologista explica, com o avançar da idade é mais comum também as pessoas começarem a apresentar sintomas da arritmia por causa do aumento da cavidade do coração. Por isso, o check up anual é muito importante. “A partir dos 40 anos já indicamos que as pessoas passem por uma avaliação anual”, orienta.
O médico diz que o ritmo cardíaco – tanto acelerado quanto mais lento, causa uma desordem no organismo que, além do sintoma desagradável da palpitação, como no caso da bradicardia (ritmo mais lento), pode levar, por exemplo, à perda de consciência, desmaio, falta de fôlego e pressão muito baixa.
De acordo com o Dr. Tarastchuk, uma das arritmias mais comuns é a fibrilação atrial, e é esse tipo que tem relação com o AVC – Acidente Vascular Cerebral do tipo isquêmico.
“O melhor exame ainda, para diagnóstico, é o antigo eletrocardiograma, fácil de ser executado, não é caro e muitas vezes ele já nos diz qual o nome da arritmia e, consequentemente, qual é o melhor tratamento”, avalia.
“Algumas vezes o paciente precisa passar por uma reversão da arritmia, fazendo outros exames, como ecocardigograma, e, a partir daí, é possível saber qual será o melhor tratamento para a arritmia, que pode incluir medicamentos, procedimentos como, a ablação, que pode tratar a fibrilação”.