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“Brainrot”: dicas de como se desintoxicar do lixo mental

Especialista explica que consumo de conteúdo “fútil” prejudica a nossa capacidade mental

Imagem: Pixabay

Se você passa boa parte do seu tempo consumindo conteúdos “fúteis” nas redes sociais, saiba que talvez você esteja sofrendo com uma condição chamada “Brainrot”. Esse termo, que significa algo parecido com “podridão cerebral”, surgiu pela primeira vez em 2007. E o que foi criado para ser uma brincadeira, acabou se tornando um distúrbio que virou tema de pesquisadores e se popularizou. Tanto que foi escolhida como a Palavra Oxford do Ano 2024.

O “Brainrot” refere-se à ideia de que consumir grandes quantidades de conteúdo considerado “fútil” ou de baixa qualidade pode prejudicar a capacidade mental, resultando em uma espécie de “podridão cerebral”, esclarece Gisele Hedler, especialista em saúde emocional, física e espiritual, de Porto Alegre/RS. Segundo ela, “isso pode incluir o consumo excessivo de redes sociais, programas de TV de baixa qualidade, fofocas, memes e outros tipos de entretenimento que não oferecem valor educacional ou cultural significativo”.

Esse tipo de consumo pode levar a uma diminuição da capacidade de concentração, pensamento crítico e criatividade. E torna-se ainda mais preocupante em uma sociedade onde crianças, cada vez mais novas, têm acesso ilimitado à internet na palma das mãos. Por isso, a especialista em comportamento humano, explica que para se livrar do “Brainrot” é preciso adotar hábitos mais saudáveis e equilibrados no uso da mídia e, claro, orienta aos pais que monitorem seus filhos no uso de dispositivos eletrônicos. Confira algumas dicas.

Limite seu tempo online – O primeiro passo para fazer um detox de redes sociais, televisão e outros conteúdos considerados fúteis é estabelecer um limite de tempo. Pode-se também utilizar aplicativos de monitoramento de tempo de tela para ajudar a manter esses limites.

  • Priorize conteúdos de qualidade – Substitua parte do tempo gasto com assuntos fúteis por materiais mais enriquecedores, como livros, documentários, podcasts educativos e artigos de interesse. Além disso, escolha programas de TV e filmes que tenham valor cultural, educativo ou artístico.
  • Desenvolva novos hobbies – Encontre novas atividades que você goste e que possam substituir o tempo gasto em conteúdos de baixa qualidade, como esportes, arte, como dança, pintura, música, ou aprenda uma nova habilidade.
  • Pratique mindfulness e meditação – Praticar mindfulness (atenção plena) e meditação pode ajudar a melhorar a capacidade de concentração e reduzir o desejo por distrações fúteis. Existem aplicativos que podem ser úteis para começar essa trajetória de meditação.
  • Crie um ambiente sem distrações – Tente reduzir as distrações ao seu redor. Por exemplo, enquanto você trabalha ou estuda, deixe o celular em outro cômodo e desative notificações desnecessárias.
  • Tenha rotinas diárias – Por fim, crie uma rotina diária que inclua tempo para trabalho, estudo, exercícios, socialização e relaxamento. Planejar atividades específicas para evitar cair na tentação de consumir conteúdos fúteis por inércia é uma boa dica.

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