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Copa do Mundo, festas de fim de ano e aumento de casos de covid: medidas de proteção devem voltar à rotina do brasileiro?

Com o início da Copa do Mundo e a proximidade das celebrações de fim de ano, o cenário atual de aumento de casos da Covid-19 volta a trazer questionamentos sobre a necessidade de retomar cuidados que muitas pessoas excluíram da rotina, como o uso de máscara. Além disso, é preciso lembrar da importância de ter o cronograma vacinal completo. Para esclarecer as dúvidas de como aproveitar esses eventos de forma responsável com a saúde, a infectologista do Hospital Edmundo Vasconcelos/São Paulo, Juliana Oliveira, traz as informações necessárias.

      Copa do Mundo e festas de fim de ano: quais cuidados são necessários para aproveitar esses eventos com responsabilidade?

É sempre válido avaliar os riscos estando em aglomerações e o uso das máscaras, nessas situações, reduz, sim, a chance de adquirir a infecção. Por isso, a utilização é recomendada como medida de prevenção. A indicação geral é que as máscaras sejam usadas por pessoas com qualquer comorbidade e com imunidade debilitada. Para aqueles com sintomas respiratórios, é imprescindível o uso em locais com outras pessoas.

      O aumento de casos vai refletir em aumento de internações e mortes?

Felizmente, as variantes que circulam atualmente são derivadas da Ômicron. Isso quer dizer que pessoas com as três ou quatro doses das vacinas disponíveis no Brasil conseguem ativar, de forma geral, o sistema imunológico e reduzir a gravidade da doença. Por isso, é essencial que todos estejam com o calendário vacinal completo, ou seja, com as três doses preconizadas e já com a dose de reforço em dia, se a terceira dose já ocorreu há mais de 150 dias. Para pacientes com alteração de imunidade, a quinta dose já é recomendada, principalmente pelo tempo transcorrido da quarta dose recebida.

     Novas ondas devem surgir com o tempo? Hoje estamos mais preparados, de maneira geral, para lidar com a doença?

Existe a discussão de que a Covid-19 se torne uma doença endêmica. Isso quer dizer que o vírus seguirá circulando em determinadas épocas do ano e, portanto, promovendo aumento ou redução de casos. Essa é uma nova realidade e temos que aprender com ela. Por isso, é sempre importante monitorar as variantes do vírus.

     Neste cenário de celebrações e aumento de casos, quais riscos para as crianças – grupo que apresenta uma vacinação ainda lenta?

Para este grupo, principalmente para as crianças que tiveram as vacinações iniciadas há pouco tempo – e de faixa etária entre 6 meses e dois anos, que ainda não há disponibilidade de imunizantes pelo Ministério da Saúde –, há uma preocupação pelos riscos para casos graves. Por isso, indicamos manter os cuidados e ficar atento ao surgimento de sintomas.

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