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Labirintite e sintomas labirínticos: entenda a diferença

Especialista explica que embora a labirintite seja uma condição séria, a causa mais comum de tontura pode ser outra, e o diagnóstico correto é essencial para garantir um tratamento adequado e eficaz


Em nossa cultura, tornou-se comum associar tonturas à labirintite. Por isso, muitas pessoas acreditam que têm a doença ao desenvolverem este sintoma, mas essa percepção pode ser um grande engano. Segundo o Dr. Ricardo Schaffeln Dorigueto, especialista em Otoneurologia, de São Paulo/SP, para o diagnóstico de labirintite é necessário ter uma alteração no labirinto – uma estrutura do ouvido interno – causada por infecções, inflamações e compressões mecânicas.

De acordo com o especialista, “a circunstância mais comum é vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), que são cristais de cálcio que se deslocam dentro do ouvido, ocasionadas por pancadas ou a uma degeneração natural do labirinto”, explica, ao observar que, além da labirintite, “tonturas podem indicar problemas como, diabetes, hipertensão ou do Sistema Nervoso Central, como um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Por isso, é importante procurar um profissional qualificado para o correto diagnóstico”.

Antigamente, destaca, os exames não davam tanto suporte quanto atualmente. Por isso, era comum o diagnóstico de labirintite. Mas, hoje, com o avanço da medicina, os estudos indicam que menos de 1% dos casos de tontura são relacionados à labirintite.

A tontura é mais comum após os 65 anos e, em 85% dos casos, referem-se a problemas no sistema vestibular (aquele que ajuda a controlar o equilíbrio) e pode ser afetado pelo envelhecimento. Outras condições, como a Doença de Menière ou a vertigem postural, também podem ser confundidas com labirintite – assim como fatores relacionados ao estresse, problemas circulatórios ou até efeitos colaterais de medicamentos.

Portanto, embora a labirintite seja uma condição séria, a causa mais comum de tontura pode ser outra; e o diagnóstico correto é essencial para garantir um tratamento adequado e eficaz. O acompanhamento médico especializado pode proporcionar a orientação necessária para lidar com essas condições, melhorando a qualidade de vida e prevenindo complicações mais graves.

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