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O que é o luto e quanto tempo ele deve durar?

Como lidar com esse momento que é inevitável e muito delicado?

O luto chega para cada pessoa de forma e intensidade diferentes. É impossível também saber como cada um vai administrar e lidar com essa dor.  Considerado o principal material de estudos de diversos autores importantes, esse é um tema que está sempre presente nas discussões e que desperta muita curiosidade nas pessoas.

Muito se questiona sobre a duração do luto, mas, segundo a psicóloga Blenda Oliveira, de São Paulo/SP, não existe um tempo determinado. “Não há uma regra ou uma forma de calcular o tempo em que uma pessoa vai enfrentar o luto. São muitos detalhes de variação que influenciam na duração desse processo”, explica. 

Fatores como o tipo de luto e surpresa da perda fazem toda a diferença, observa, citando, por exemplo, casos em que uma pessoa já estava doente e a família já aguardava a despedida, o processo pode ser um pouco menos agressivo. Já em situações inesperadas, a dor pode vir de forma mais dura e gerar impactos maiores”. 

O luto pela morte é o mais debatido, mas é importante também mencionar os impactos que a perda de algo ou alguém ainda em vida tem na vida das pessoas. Coisas inesperadas como terminar um relacionamento, ser desligado de um emprego ou até perder algo a que se dedicou por muito tempo, também podem despertar o processo de sofrimento.

Conforme ressalta, o luto tem cinco estágios: o primeiro, a negação, é a válvula de escape no momento de desespero; o segundo, a raiva que às vezes traz a necessidade de justiça e a busca por um culpado para aquela situação.

Na fase de barganha existe uma negociação consigo mesmo, buscando preencher esse vazio, mas a pessoa se foi, o que pode levar a uma depressão, ou seja, quando você se dá conta de que algo chegou ao fim, o que desperta uma tristeza e melancolia que são muito dolorosos. 

“Apesar de ser muito doloroso, o luto é uma etapa importante e necessária, pois quando o indivíduo entra na fase de aceitação entende que aquela é a nova realidade, que precisa ser vivida, independentemente de qualquer coisa. Esse é um processo que deve ser respeitado, sempre um passo de cada vez, até o entendimento de que as coisas acontecem e muitas vezes não temos o poder de mudá-las”, finaliza a psicóloga. 

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