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Previna-se contra o coronavírus!

As informações relacionadas ao número de infectados pelo coronavírus no Brasil mudaram nos últimos dias, depois da notícia de um homem infectado pelo vírus, de 61 anos, de São Paulo, que veio da Itália. O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda, 02 de março, que tem 433 casos suspeitos do novo coranavírus. Nenhum novo caso foi confirmado neste balanço. O país permanece com dois casos confirmados da doença Covid-19. Os dois infectados são brasileiros que estiveram recentemente na Itália (um deles, o senhor de SP, de 61 anos, e, outro, homem de 32 anos, também de São Paulo). Os dois seguem em isolamento domiciliar. No domingo (1º de março), o número de casos suspeitos era de 252. Ao todo, 162 casos foram descartados desde o início do monitoramento.

Evidentemente, embora os infectologistas salientem que não há motivo para pânico, pois a doença está sob controle no Brasil, as máscaras desapareceram de muitas farmácias, causando problemas para aqueles profissionais que necessitam usá-las no seu dia a dia de trabalho, ou mesmo para aqueles que apresentam sintomas da doença.

O Portal Medicina e Saúde ouviu o infectologista Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, sobre esse momento. Ele destaca que o novo coronavírus é um vírus da chamada família dos coronavírus. Esse, que vem da China tem pequenas diferenças dos já conhecidos. Exatamente por ter pequenas diferenças genéticas, ele é considerado próximo, mas não idêntico, aos outros que já tinham sido identificados.

A princípio, explica Dr. Estevão, ele causa quadros parecidos com os de outros coronavírus, que são infecções principalmente de vias aéreas respiratórias altas, ou seja, da garganta e do nariz, tendo como principais sintomas febre, tosse, dor de garganta e corrimento no nariz. “Entretanto, em termos de doenças severas que atingem o pulmão, tem um menor número de pacientes, não se sabe exatamente ainda a proporção. Talvez cerca de 5% a 10% desses pacientes evoluirão para uma infecção pulmonar grave”.

Ele informa que 2% a 3% de pacientes no total, aí incluídas as formas leves, moderadas e graves, vão morrer. “A taxa de letalidade é esta, entre 2% a 3%. Porém, alerta que não há motivo para pânico, porque o coronavírus ainda não circula no país”. O caso identificado, destaca, veio da Itália e mesmo que o vírus chegue ao país, e realmente deve chegar, a taxa de letalidade é baixa. “Então quase a maioria dos pacientes terá a doença de forma leve e moderada e vai se recuperar completamente”.

Informa ainda que a transmissão se dá através de tosse ou do espirro, cujas gotículas de saliva liberadas podem atingir a face de alguém próximo, contaminando, assim, o indivíduo.

Como prevenção, o Dr. Estevão Urbano orienta ainda: quando estiver há cerca de dois metros de uma pessoa com sintomas deve-se colocar máscara. Da mesma forma é importante higienizar as mãos, sempre que possível, quando se vai a locais públicos, deve-se colocar álcool a 70% sempre que achar necessário, friccionando bem as mãos, até o produto secar. Na falta de álcool gel, usar água e sabonete. “Isso porque as gotículas que as pessoas espirram ou tossem podem cair na pele e, inadvertidamente, a pessoa pode colocar a mão nessa superfície e levá-la ao rosto, contraindo, assim, a doença. Portanto, é importante higienizar muito bem as mãos, principalmente em locais estranhos ao seu dia a dia. Por outro lado, as pessoas que forem tossir ou espirrar devem usar sempre lenço descartável ou tampa o rosto, com o braço cruzado, na altura do cotovelo. Também deve-se usar sempre máscara quando estiver próximo de pessoas com os sintomas da doença. Caso não esteja perto de pessoas com esses sintomas, não há motivo para o uso de máscara, pois não existe nada que prove a diminuição da contaminação”.

Segundo ele, as pessoas que apresentarem sintomatologia ou que tiveram contato com pacientes suspeitos ou com pessoas que vieram da China ou Itália, devem colocar a máscara e ir para um pronto-atendimento e se identificarem no local para ter atendimento preferencial. “Caso essa pessoa tenha uma forma leve da doença, terá um isolamento domiciliar, só saindo de casa depois que os sintomas desaparecerem. Se o paciente estiver em estado grave, será internado em leito de isolamento do hospital. Repetindo, a evolução da doença é baixa e a mortalidade é em torno de 2% a 3%”.

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