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Rosácea, doença de pele inflamatória: sintomas e tratamento

Pele vermelha, sensível e com inflamações são alguns dos sintomas dessa doença cujo impacto vai muito além da aparência.

Foto: Freepik

 Abril é o Mês da Conscientização da Rosácea, uma doença de pele inflamatória crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora seja uma condição comum, ainda há muita desinformação sobre suas causas, sintomas e tratamento, o que pode levar a diagnósticos tardios. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a rosácea afeta entre 1,5% e 10% das populações estudadas, com maior incidência em adultos de 30 a 50 anos. Embora seja mais frequente em mulheres, também afeta muitos homens. Nesses casos, a condição tende a ser mais grave.

Além disso, os impactos da rosácea vão muito além da aparência, afetando profundamente a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes. Seus sintomas podem gerar desconforto emocional, levando a quadros de ansiedade, estresse e insegurança. Muitas pessoas evitam interações sociais por receio do julgamento ou da falta de compreensão sobre a condição. No entanto, apesar de ser uma doença crônica, é possível controlá-la com o acompanhamento adequado. “O diagnóstico precoce e um tratamento individualizado são fundamentais para minimizar os sintomas e evitar agravamentos”, explica a Dra. Cibele Hasmann, dermatologista, de São Paulo/SP.

 Como identificar? –  A rosácea se caracteriza principalmente por sintomas que afetam a região central do rosto. Os sinais mais comuns incluem vermelhidão persistente, que pode ser confundida com uma simples irritação, mas que tende a se intensificar ao longo do tempo. Além disso, há a presença de vasos sanguíneos visíveis, conhecidos como telangiectasias. Em casos mais graves, lesões inflamatórias semelhantes à acne. Também podem surgir sintomas como ardência, coceira, sensação de calor intenso e ressecamento da pele.

 À medida que a rosácea evolui, ela pode afetar outras partes do rosto, incluindo os olhos, causando uma condição conhecida como rosácea ocular, que resulta em irritação, olhos secos e vermelhos e até sensíveis à luz. “Se você perceber esses sintomas, é fundamental buscar orientação médica”, alerta a Dra. Hasmman, ao informar ainda sobre o diagnóstico. Ele é clínico, feito por um dermatologista que poderá pedir exames complementares.

 Formas de combater –  Embora ainda não exista uma cura definitiva para a rosácea, diversos cuidados podem ajudar a reduzir os sintomas e evitar que as crises se tornem mais frequentes e intensas. O tratamento eficaz envolve, principalmente, a adoção de uma rotina diária de cuidados com a pele. O uso constante de protetor solar é um dos pilares mais importantes, pois a exposição ao sol pode agravar significativamente a condição. Além disso, é essencial evitar alimentos e bebidas que são conhecidos por desencadear os sintomas da rosácea, como comidas picantes, bebidas alcoólicas, especialmente o vinho tinto, e bebidas quentes.

Utilizar produtos adequados para peles sensíveis, como espumas de limpeza e hidratantes sem fragrâncias artificiais, pode ajudar a minimizar a inflamação e fortalecer a barreira cutânea. Em casos mais graves, o dermatologista pode recomendar medicamentos tópicos ou orais para controlar a inflamação. Manter um acompanhamento dermatológico regular é fundamental, pois a rosácea é uma condição que pode variar em intensidade e exige ajustes no tratamento ao longo do tempo.

 Prevenção e conscientização – A conscientização sobre a rosácea é crucial para que mais pessoas reconheçam os primeiros sinais da doença e busquem um tratamento adequado o quanto antes. Em muitos casos, quando tratada de forma adequada, a rosácea pode ser controlada e os sintomas minimizados, permitindo que os pacientes tenham uma vida social e profissional ativa, sem os impactos negativos na autoestima.

 “Neste mês de abril, em que destacamos a importância da conscientização, é essencial lembrar que a informação correta é o primeiro passo para o controle da doença. Além disso, o acompanhamento dermatológico constante é fundamental para garantir a qualidade de vida de quem convive com a rosácea”, completa a médica.

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