Saúde digestiva: doenças intestinais registraram crescimento de 15% nos últimos anos
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Cerca de 5 milhões de pessoas no mundo sofrem de doenças inflamatórias intestinais. No Brasil, essas patologias registraram um crescimento de 15% nos últimos anos. Os dados são da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e acedem um alerta geral.
Com milhões de terminações nervosas, o intestino é considerado o segundo cérebro. Por isso, os problemas digestivos influenciam não apenas os órgãos desse sistema, mas todo o funcionamento do corpo e do bem-estar.
De acordo com a nutricionista Polly Rocha, parceira da TotalPass, uma das principais soluções de saúde integrada do Brasil no âmbito corporativo, o intestino é responsável pela absorção de nutrientes, eliminação de resíduos e por manter o equilíbrio de bactérias benéficas para o organismo. “Manter os cuidados com o intestino é essencial para auxiliar na prevenção de distúrbios como a Síndrome do Intestino Irritável (SII) ou até mesmo a Fibromialgia. Além disso, a saúde digestiva está relacionada com o fortalecimento da imunidade do corpo e com o aumento na qualidade de vida ao reduzir os níveis de estresse e ansiedade”, afirma.
Segundo dados da Organização Mundial de Gastroenterologia, cerca de 20% da população global sofre algum problema intestinal e 90% das pessoas não procuram orientação médica precocemente. Essa falta de cuidado pode trazer prejuízos, levando a problemas como diarreia, constipação, refluxo, síndrome do intestino irritável e até doenças mais graves, como câncer de cólon.
“Para que o intestino desempenhe as funções corretamente, a microbiota intestinal – conjunto de micro-organismos conhecido como flora intestinal – atua em papéis fundamentais para o organismo, como a participação na produção de enzimas, estímulo ao sistema imunológico, controle da fome e saciedade, além de participar da captação de nutrientes que incluem vitaminas, ferro, cálcio, zinco, magnésio e minerais que também são absorvidos com a ajuda da microbiota”, explica Polly.
A saúde intestinal – A nutricionista reforça que a alimentação é um dos aspectos essenciais para obter uma boa saúde digestiva. As refeições devem ser realizadas em horários regulares e prevalecer o consumo de alimentos ricos em fibras, proteínas e gorduras saudáveis, encontrados em cereais, frutas, verduras, legumes, carnes e alimentos naturais.
Lembra ainda que “o consumo de comidas ultraprocessadas, com alto teor de açúcar, sódio, gorduras ou enlatadas, precisa ser moderado ou evitado”. Outro ponto importante é manter-se hidratado, bebendo no mínimo 2 litros de água por dia”.
Segundo a especialista, o estresse e a ansiedade também são fatores que podem causar desequilíbrio. “No momento da digestão, o organismo libera hormônios como gastrina, secretina e colecistocinina. O estresse pode afetar na motilidade intestinal, que ocorre quando o intestino executa movimentos autônomos, como ao expelir o bolo fecal do organismo. Por isso, é importante incluir a prática regular de exercícios físicos que contribuem para a produção da serotonina, neurotransmissor vinculado às sensações de satisfação e bem-estar”, complementa a nutricionista.
Vale ressaltar ainda que as mudanças de hábitos alimentares, como não comer rápido demais, mastigar bem os alimentos e não deitar imediatamente após as refeições, favorecem para a redução de problemas digestivos.
No caso de sintomas persistentes ou intensos, orienta Polly, é necessário procurar um médico especialista que possibilite a orientação e o tratamento adequado para melhorar a saúde digestiva e, assim, impulsionar a qualidade de vida do indivíduo.