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Exame de densitometria óssea é referência para diagnóstico da osteoporose

Presidente da ABRASSO, Sergio Maeda: “o paciente que apresentar, ao fim dos dois exames preventivos, maiores chances de fratura, deve procurar o exame de densitometria”

Considerada “silenciosa”, por não apresentar sintomas antes das fraturas ósseas, a osteoporose afeta cerca de 10 milhões de brasileiros todo ano. Porém, somente 20% deste total estão cientes de sua condição preocupante. Como forma de diagnóstico existe o exame de densitometria óssea. Segundo o endocrinologista Sérgio Maeda, presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo – ABRASSO, o procedimento é fundamental para homens e mulheres que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento da doença. O método é considerado “padrão ouro” no seu rastreamento. Ele consiste em medir a quantidade de cálcio presente nos ossos do corpo-humano, a fim de identificar, previamente, as doenças que afetam o metabolismo ósseo, prevenindo fraturas.

Conforme o endocrinologista explica, “é um processo rápido e indolor. As máquinas usam a tecnologia DXA para emitir um duplo Raio-X, que captura as imagens por diferentes ângulos, possibilitando uma visão clara da estrutura óssea”.

Com duração de cerca de 15 minutos, outra diferença da densitometria é que a radiação emitida possui dosagem bem menor que a do raios-x convencional. Com os resultados em mãos, os médicos conseguem medir a porcentagem de massas óssea, magra e gorda do paciente.

Outros exames – O exame de densitometria óssea é considerado o mais efetivo no diagnóstico da osteoporose. Porém, há outros métodos que servem como uma boa base para o encaminhamento, como o Teste FRAX e o Teste de Calcâneo. No primeiro, os participantes respondem um questionário, residente em um software, com questões como peso, idade, uso de medicamentos e consumo de álcool, entre outros. O resultado é o cálculo da probabilidade de fratura nos próximos 10 anos.

             Já o Teste de Calcâneo é feito por meio de um ultrassom, sem expor o paciente a radiação, com foco no maior osso do pé, o calcâneo, cuja extremidade posterior é popularmente chamada de calcanhar. Ao fim deste teste, a máquina emite um resultado, um indicador de risco de fratura.

             “O paciente que apresentar, ao fim dos dois exames preventivos, maiores chances de fratura, deve procurar o exame de densitometria óssea. É importante ressaltar que quanto antes for diagnosticada, mais chances de o tratamento ser mais eficiente”, salienta também o vice-presidente da ABRASSO, o reumatologista Marcelo Pinheiro.

Doença no Brasil – A osteoporose é a doença óssea que mais acomete pessoas do mundo todo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada três mulheres terá uma fratura óssea após os 50 anos de idade. O número para homens é de um em cada cinco. O órgão aponta, ainda, que ocorrem cerca de nove milhões de fraturas globalmente por ano.

             Dados publicados, em 2019, pela revista científica Journal of Medical Economics, mostram que a osteoporose custa R$ 1,2 bilhão por ano para a economia brasileira. Cerca de 61% deste valor, o que equivale a R$ 733,5 milhões, estão associados à perda de produtividade do paciente. A pesquisa indica, ainda, que as despesas com hospitalização representam R$ 234 milhões e os custos cirúrgicos, R$ 162,6 milhões.

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