ABRASSO – Associação Médica de Osteoporose cria guia para o Dia a Dia Seguro
Dr. Sérgio Setsuo Maeda: “trata-se de um grande problema de saúde pública, com muitas internações e pessoas incapacitadas de retomarem suas vidas após uma fratura em decorrência da fragilidade óssea.
A Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO) lança o Dia a Dia Seguro da ABRASSO (https://abrasso.org.br/dia-a-dia-seguro/), um guia com dicas e recomendações para execução de movimentos corporais, que fazemos diariamente nas atividades do cotidiano, seja em casa ou na rua.
Conforme explica a fisioterapeuta Mônica Longo, uma das coordenadoras do projeto, este guia tem o objetivo de indicar as posições e movimentações mais corretas a ponto de eliminar sobrecarga nos ossos, músculos e articulações, principalmente, de idosos e daquelas pessoas já diagnosticadas com osteoporose ou osteossarcopenia. “Ele é direcionado a todas as pessoas, pois todos nós devemos seguir esses passos para garantir a saúde dos nossos ossos e músculos, bem como a prevenção de quedas”, afirma.
Uma equipe multidisciplinar composta por endocrinologista, fisiatra, fisioterapeutas ilustradores e programadores esteve lado a lado para definir todas as etapas do projeto, que prioriza a visitação do Dia a Dia Seguro pelo celular e traz a opção das instruções em áudio, permitindo maior acessibilidade.
O passo a passo para se sentar e se levantar de uma cadeira, como se deitar na cama, o modo mais seguro de alcançar objetos no alto, postura mais segura para trabalhar em bancadas (como lavar louça ou passar roupas) são alguns dos pontos do guia.
Além de ilustrações com passo a passo, o Dia a Dia Seguro também traz interatividade por meio de teste certo/errado.
Assim como aconteceu com a Casa Segura Virtual, o projeto Dia a Dia Seguro vem marcar a Campanha “Exercite-se: ossos e músculos fortes para uma vida independente!”, em comemoração ao dia 20 de outubro, Dia Mundial de Combate à Osteoporose.
As fraturas decorrentes da osteoporose podem ocasionar dor e redução da mobilidade, o que dificulta a realização de tarefas básicas do cotidiano. Especialmente as fraturas de quadril podem levar a longos períodos de internação hospitalar, com risco aumentado de infecções e óbito. “Trata-se de um grande problema de saúde pública, com muitas internações e pessoas incapacitadas de retomarem suas vidas após uma fratura em decorrência da fragilidade óssea. As medidas de prevenção começam na infância, com boa ingestão de alimentos ricos em cálcio – leite e derivados – atividade física regular com exercícios resistidos e de equilíbrio, pensando no fortalecimento de músculos, ossos e articulações e, claro, exposição solar para formação de vitamina D”, comenta Dr. Sérgio Maeda, endocrinologista da ABRASSO e coordenador também do projeto.
Estatísticas da osteoporose– Nas mulheres acima de 45 anos de idade, as fraturas por causa da osteoporose resultam em mais dias de hospitalização do que muitas outras doenças, incluindo diabetes, infarto e câncer da mama.
De acordo com os estudos, cerca de 20% a 24% dos pacientes vão a óbito no primeiro ano após uma fratura de quadril; cerca de 40% das pessoas que tiveram fratura no quadril ficam incapazes de andar sem ajuda; 60% necessitam de assistência um ano depois; 80% não conseguem dirigir e/ou fazer compras. Também, 33% dos pacientes com fratura de quadril ficam totalmente dependentes ou em casa de repouso no ano seguinte à fratura de quadril.