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Sedentarismo infantojuvenil irá gerar epidemia de doenças crônico degenerativas no futuro.

A principal causa é o excesso de uso de telas.

Crédito foto: adobe stock

O Serviço de Pediatria do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) identificou um aumento no número de adolescentes, com idade entre 12 e 18 anos, fisicamente inativos. Dos atendidos atualmente, 86% são considerados sedentários. A conclusão é resultado da observação clínica da pediatra e médica do esporte Dra. Silvana Vertematti, responsável pelo ambulatório de adolescentes com foco em atividade física do HSPE/São Paulo, que mostra preocupação com a saúde desses pacientes ao longo da vida adulta.

Segundo a pediatra, sete a cada nove pacientes assistidos na especialidade apresentam transtornos gerados pela falta de exercícios físicos. O principal deles é a perda de força muscular e da habilidade motora ou física para a realização de determinadas tarefas, que ocorre devido à falta de estímulo dos músculos do corpo.

“Adolescentes que não praticam atividades físicas, se mantiverem a inatividade em longo prazo, se tornarão pessoas idosas fracas, pouco ágeis e com baixa capacidade e habilidade físicas. Também terão de enfrentar doenças, como diabetes, hipertensão e outras que podem se tornar permanentes com a falta de exercícios e estímulos físicos”, afirma a médica, que reforça ainda a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a realização de ao menos 60 minutos diários de atividades moderadas ou intensas.

Especialistas estrangeiros têm discutido casos semelhantes em países como nos Estados Unidos e até utilizam o termo ‘analfabetismo físico infantil’ para classificá-los. As queixas associadas à doença mais comuns relatadas por crianças e adolescentes costumam ser ansiedade, ganho ou diminuição de peso, hipertensão, insônia, dificuldade na interação social e até conflitos de relacionamento com a família.

Recentemente também, pesquisadores e a OMS reconheceram a não aderência aos exercícios físicos por parte do público jovem como um fator de risco, que contribui para transtornos físicos, psicossociais e cognitivos. Tal comportamento deve gerar na velhice indivíduos dependentes fisicamente, isto é, com pouca ou nenhuma qualidade de vida.

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