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Síndrome de Final de Ano!

Segundo pesquisa, fatores emocionais, culturais e sociais podem aumentar em até 75% o nível de estresse nessa época do ano. Saiba como cuidar da saúde mental e tratar a síndrome de fim de ano.

Imagem: Pixabay

Ansiedade, depressão e estresse no fim de ano é um fenômeno global que combina fatores culturais, emocionais e sociais. No Brasil, por exemplo, o nível de estresse pode aumentar em 75% neste período, segundo uma pesquisa da Isma-Brasil (International Stress Management Association – Brasil). O fenômeno conhecido como síndrome do fim de ano, afeta muitas pessoas e pode ser atribuído ao balanço de metas não cumpridas, expectativas exageradas e comparações com padrões irreais de sucesso.

Globalmente, a ocorrência de depressão e tristeza nesta época também se relaciona com reflexões sobre o futuro e o isolamento social. 

A psiquiatra Yaskara Luersen, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que a sociedade das telas e da imagem tem agravado a situação. “As redes sociais e o constante uso de telas têm prendido muitas pessoas em padrões e comparações fora da realidade, e que, muitas vezes, nem se identificam com o perfil e a história de vida individual”.

A falta de autoconhecimento e as expectativas em relação às outras pessoas, aponta a terapeuta, levam a uma autocobrança excessiva e a definição de metas pessoais desequilibradas. “As repetidas frustrações – com metas e padrões inalcançáveis, geram decepção e insegurança, e a entrada em um novo ciclo anual pode reforçar a memória dos sentimentos e significados negativos”, afirma.

A pressão social e cultural para sempre se apresentar bem sucedido nas festas e encontros de fim do ano, ou o isolamento social, também podem representar uma situação de conflito emocional interior para pessoas que têm enfrentado dificuldades em diversas áreas de suas vidas. Nesse sentido, observa, “é preciso trabalhar o autoconhecimento e o autodesenvolvimento. Cada ser humano tem o seu propósito e deve procurar significados baseados em valores éticos de forma a construir relacionamentos profundos e duradouros, dentro e fora do círculo familiar, de modo que a jornada em cada ciclo seja avaliada e desfrutada com mais leveza, alegria e esperança”.

Como lidar com a Síndrome de Fim de Ano – Algumas práticas ajudam a minimizar os impactos emocionais, confira:

  • Estabeleça metas realistas: evitar expectativas inatingíveis ajuda a reduzir a autocobrança.
  • Não use as redes sociais como padrão e nem se compare com os outros.
  • Pratique a autocompaixão: entenda que é normal não atingir todos os objetivos e valorize os pequenos progressos.
  • Crie uma rotina equilibrada: reserve tempo para descanso, exercícios e atividades prazerosas.
  • Desacelere: priorize compromissos essenciais e aprenda a dizer não para evitar sobrecarga.
  • Busque apoio: conversar com amigos, familiares ou profissionais de saúde mental pode ser fundamental.

Além disso, ela recomenda focar em ações de autodesenvolvimento: elas contribuem para uma maior satisfação. Ao mesmo tempo, buscar por aquilo que realmente é importante, como ter bons relacionamentos, fazer o bem ao próximo, ser produtivo de acordo com as suas possibilidades, e participar de uma comunidade. “Isso torna a vida mais significativa, mesmo em momentos de dificuldade, e nos fortalecem para vivermos novos ciclos e um ano novo bem.

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