SOCESP publica mais uma edição de sua revista. Desta vez, com protocolos práticos para transformar a saúde cardiovascular

Dr. Luís Henrique Wolff Gowdak: “apesar do avanço científico e tecnológico sem precedentes, as doenças cardiovasculares (DCVs) ainda apresentam taxas inaceitáveis de morbimortalidade.”
“Medicina do Estilo de Vida no consultório médico: protocolos práticos para transformar a saúde cardiovascular” é o tema da mais recente edição da Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). O editor-chefe da publicação, Dr. Luís Henrique Wolff Gowdak, afirma que vivemos um paradoxo inquietante: “Apesar do avanço científico e tecnológico sem precedentes, as doenças cardiovasculares (DCVs) ainda apresentam taxas inaceitáveis de morbimortalidade.”
Todos os anos, 400 mil pessoas morrem no Brasil em decorrência das DCVs. “Entre o conhecimento e o desfecho persiste uma lacuna explicada não apenas por limitações de acesso, mas por falhas na adesão, na escuta e no vínculo. A Medicina do Estilo de Vida ressurge, assim, não como modismo, mas como eixo estruturante da boa prática clínica”, defende Gowdak.
Segundo o editor-chefe da Revista da SOCESP, os artigos reunidos demonstram que a transformação da saúde cardiovascular começa no cotidiano do consultório, onde diálogo, exemplo e engajamento valem tanto quanto a prescrição. O primeiro artigo já traz evidências de que o principal obstáculo terapêutico não é a falta de medicamentos, mas a falta de adesão ao tratamento, e que a comunicação empática e o uso de habilidades sociais ampliam a confiança e os resultados.
Conforme destaca Gowdak, “uma série de revisões científicas reforça o caráter multidimensional da prevenção cardiovascular e mostra a importância da alimentação, valorizando dietas como a DASH e a mediterrânea, nessa estratégia de impactar as estatísticas para reduzir incidência e mortalidade, assim como a prescrição de atividade física”. Ele também lembra de artigos que abordam o sono, determinante frequentemente negligenciado, como componente vital do risco cardiometabólico; o impacto do estresse crônico e das desigualdades de gênero na saúde cardiovascular da mulher; além do manejo do tabagismo.
No editorial que abre a edição, Luís Gowdak afirma que adotar a “Medicina do Estilo de Vida” é devolver à consulta seu papel educativo e transformador, substituindo prescrições impositivas por planos compartilhados, em que o paciente é corresponsável pela própria trajetória. “Adesão se conquista com diálogo; motivação nasce do exemplo; e cada minuto de consulta pode ser um convite à mudança. A cardiologia contemporânea, portanto, desloca o médico de gestor de risco a agente de transformação. A farmacoterapia segue essencial, mas é o cuidado integral e empático que garante resultados duradouros”, completa o editor-chefe.
A publicação, que conta com os coeditores Bruno Augusto Alcova Nogueira e Luciana Diniz Nagem Janot de Matos, pode ser baixada gratuitamente no site da SOCESP. A edição reúne sete artigos médicos e três artigos multiprofissionais dos Departamentos de Educação Física, Nutrição e Odontologia, além de podcasts.
Para baixá-la gratuitamente, acesse: https://socesp.org.br/revista/edicoes/todas/




