Médica descobre a ‘verdadeira beleza’ após vencer o câncer de mama

Cinco anos após o diagnóstico de câncer de mama, Denise Ozores celebra a cura e mostra como a perda dos cabelos redefiniu sua visão sobre autoestima.
Foto: Divulgação
No travesseiro, os fios que caíam a cada manhã lembravam que sua vida não seria mais a mesma. Foi diante desse espelho que a dermatologista Denise Ozores, de 49 anos, começou a repensar o verdadeiro significado da beleza. Para alguém que sempre trabalhou com estética e acompanhou de perto as transformações na aparência de seus pacientes, a experiência de perder os cabelos foi um choque profundo.
Em setembro de 2020, Denise recebeu o diagnóstico de câncer de mama em estágio inicial, mas de perfil agressivo. Passou por cirurgia, seis ciclos de quimioterapia e radioterapia até a conclusão do tratamento. Cinco anos depois, celebra a cura e compartilha a forma como a doença transformou sua maneira de viver e também sua prática médica. “Quando perdi os cabelos, descobri que a vaidade era só a superfície. A verdadeira beleza é a coragem de seguir”, afirma.
Sua trajetória se conecta com a mensagem central do Outubro Rosa, campanha internacional que começou em 1º de outubro. Criado nos anos 90, o movimento ganhou força no Brasil a partir de 2002 e alerta para a importância do diagnóstico precoce.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, o câncer de mama é o que mais acomete mulheres no país, com cerca de 66 mil novos casos por ano. Em meio a esses números, histórias como a de Denise lembram que prevenção e informação salvam vidas e que atravessar a doença pode também revelar novas formas de enxergar a si mesma.
Com a chegada do Outubro Rosa, Denise reforça que a conscientização não deve vir carregada de medo, mas de esperança. “Meu conselho para quem enfrenta momentos difíceis é se reinventar da maneira que fizer mais sentido. Seja buscando um tratamento estético – que ajude na autoestima, seja fortalecendo mudanças internas. O importante é atravessar esse período com confiança e otimismo”.
Hoje, Denise é prova de que vencer o câncer de mama não significa apenas sobreviver, mas também redescobrir a beleza de viver.