Câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente nas mulheres
Hoje, 26 de março, é o Dia Nacional de Prevenção do Câncer de Colo Uterino. Trata-se do terceiro tumor mais frequente entre as mulheres e a quarta causa de mortes na população feminina no Brasil. Daí a importância da data. Ela é um alerta para o diagnóstico precoce e tratamento. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para 2021, haverá 16.590 novos casos no país.
De acordo com o médico oncologista da Fundação São Francisco Xavier, Luciano Viana, “muitas vezes as pessoas esperam aparecer sintomas para dar atenção e saber o que está acontecendo. O câncer uterino é uma doença que na fase inicial não manifesta sintomas. Sangramento, corrimento e dor durante o ato sexual podem aparecer, mas, em geral, ocorrem à medida que a doença ganha proporção”. Por isso mesmo, ele reforça a importância das mulheres se prevenirem, antes do aparecimento de sintomas.
O diagnóstico do câncer de colo de útero é realizado por meio do exame preventivo, conhecido como Papanicolau. De acordo com o Ministério da Saúde, a idade preconizada para realização do exame é de 25 a 64 anos, sendo recomendado uma vez ao ano. Mas, o oncologista destaca que o exame preventivo deve fazer parte da rotina de todas as mulheres que têm vida sexual ativa. “É extremamente importante que a mulher que pratica atividade sexual, independentemente da idade, faça o acompanhamento com um médico ginecologista, para avaliação da rotina dos exames preventivos e para orientação da prática sexual segura”, orienta o Dr. Luciano Viana.
A vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV) é uma opção indicada como prevenção. O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos e, desde 2017 está disponível para meninos entre 11 e 14 anos. “A vacinação, tanto para meninas quanto para meninos, é fundamental, pois diminui a chance de quando iniciarem a atividade sexual transmitirem o vírus para suas parceiras. A orientação médica, a vacina contra o HPV e a realização do exame preventivo (Papanicolau) são medidas que se complementam como ações de prevenção e diagnóstico precoce, uma vez que a vacina não protege contra todos os tipos ontogênicos do HPV”; reforça o médico.
Segundo o Dr. Luciano Viana, o tratamento para o câncer de colo de útero tem avançado muito nos últimos anos, e deve ser avaliado e orientado por um médico especialista. O tratamento vai depender do estágio de evolução da doença, do tamanho do tumor e de fatores especiais, como idade da paciente e o desejo de ter filhos. Entre os tratamentos estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.