Automedicação: alerta sobre uso indiscriminado de medicamentos
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O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Minas Gerais (CRF/MG) vem alertando sobre o uso indiscriminado de medicamentos. Segundo pesquisa ICTQ/Datafolha, 2024, 90% dos brasileiros se automedicam. Quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês, e um quarto (25%) o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Os principais medicamentos usados por conta própria são: analgésicos: 64%; antigripais: 47%; relaxantes musculares: 35%; sintomas como ansiedade, estresse e insônia também são motivos para automedicação em, pelo menos, 6% da população.
Esse quadro se agrava mais ainda com os dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma). Segundo a entidade, a cada ano, no Brasil, são registradas cerca de 20 mil mortes em consequência do uso de fármacos por conta própria.
De acordo também, com Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox/Fiocruz), a automedicação leva a mais de 30 mil casos de internação por intoxicação medicamentosa. Esse grave quadro acabou levando a criação da Semana de Conscientização e Combate à Automedicação, através da Lei estadual 21.782, de 2015, que acontece anualmente – este ano entre 24 e 28 de junho.
Para a presidente do CRF/MG, Márcia Alfenas, “é nosso papel – como profissionais de saúde, conscientizar a população sobre os riscos da automedicação. Ao comprar um medicamento, consulte o farmacêutico, que está preparado para lhe orientar, se atente às tarjas dos medicamentos, que sinalizam sua classificação, e não use sobras de medicamentos ou aceite indicações de amigos ou parentes sem a orientação do profissional da saúde”, alerta.
A automedicação, uma cultura errônea do brasileiro, acontece quando um indivíduo faz uso de medicamentos sem orientação de um profissional da área da saúde, sem diagnóstico, prescrição e acompanhamento no tratamento. Ela está atrelada a fatores econômicos e sociais e trata-se de um problema em saúde pública.
Confira alguns perigos de se automedicar
- Reações alérgicas
- Dependência
- Intoxicação
- Resistência aos medicamentos
- Efeitos colaterais intensos
- Atraso no diagnóstico
- Agravamento do quadro