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Dia Mundial da menopausa: brasileiras tratam o tema com tabu, relacionam à velhice e desconhecem tratamentos

Pesquisa realizada em 2022, afirma que mais de 30% das mulheres brasileiras relacionam menopausa à velhice e mais da metade delas ainda tratam o assunto como tabu. A professora de Pós Graduação em Ginecologia da UNIRIO e médica ginecologista, especialista em Ciência da Longevidade Humana e Modulação Hormonal, Dra. Beatriz Tupinambá, do Rio de Janeiro/RJ, trabalha há anos para desmistificar assuntos relacionados à menopausa. 

Aproveitando a data 18 de outubro, Dia Mundial da Menopausa, ela alerta às mulheres sobre as mudanças que acontecem com seus corpos na meia-idade, e as orienta a procurar um especialista para melhorar sua saúde e a qualidade de vida de modo geral. Para Beatriz, com conhecimento e assistência profissional adequada, a menopausa tende a ser a melhor fase da mulher. Entre elas, o fim dos ciclos menstruais, TPM, a preocupação com período fértil, maior tempo de autocuidado e maturidade. “A gente precisa trabalhar também o psicológico. Olhar a menopausa por outro ângulo e perceber que sim, ela pode ser a melhor fase que podemos viver. A gente entra na menopausa na metade da nossa vida, e não precisamos nos manter na segunda metade dela indispostas, com calores, ressecamentos, queda de libido, entre outros, porque simplesmente deixamos de alimentar nossas células de hormônios por 50 anos”, enfatiza.

Defensora da reposição hormonal como um dos principais métodos para se contar na menopausa, a Dra. Beatriz reafirma que para resultados mais eficientes e satisfatórios, o ideal é que o tratamento inicie ainda no climatério. Em 2023, no Brasil, apenas 50% das mulheres fazem uso de algum tratamento na menopausa. Apesar da segurança cientificamente comprovada, muitas mulheres ainda resistem ao método por medo, porque se criou uma cultura de que hormônio faz mal, fazendo com que muitas mulheres por falta de conhecimento também, não se beneficiem com os resultados da reposição hormonal. 

“O coração, por exemplo, tem mais de 500 mil receptores para hormônios sexuais. Quando você faz reposição hormonal, você tem uma proteção cardíaca e cerebral, e diminui a chance de ter doenças como Alzheimer, hipertensão e diabetes. Com a reposição você vive mais e melhor”, conclui.

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