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Entenda quando a hipertensão arterial compromete a saúde vascular

Jovens também estão sendo acometidos por conta do estresse diário, associado a outros fatores, como sedentarismo e má alimentação

O Dia Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Hipertensão Arterial, instituído para 26 de abril, é uma data que tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos e cuidados necessários para prevenir e controlar a pressão alta, uma das principais causas de doenças vasculares. O bom funcionamento do sistema circulatório é fundamental para o bem-estar geral e qualidade de vida, uma vez que é responsável por transportar o oxigênio e os nutrientes para todos os órgãos do corpo.

Os níveis pressóricos elevados da pressão arterial podem causar lesão direta no revestimento interno dos vasos, chamados de endotélio, e levar a disfunção desse segmento tornando-o mais suscetível a formar placas de ateroma, assim como aumentando a chance de desenvolver processos trombóticos, além de outras doenças.

Conforme o diretor Científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo, Dr. Marcone Lima Sobreira, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), quando não controlada, pode levar a complicações graves, como doença arterial periférica, que tem como consequência à amputação de membros, aneurismas, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e renal, e lesão na retina que pode ocasionar a diminuição da acuidade visual, inclusive levar à cegueira.

A úlcera hipertensiva, que também é uma consequência da HAS, é uma situação em que ocorre abertura de úlceras nas extremidades inferiores, que aparecem na face lateral da perna e costumam ser rasas, com fundo limpo, mas é uma doença extremamente dolorosa. Essa condição pode ser tratada com controle rigoroso da pressão arterial (PA), além de outras medidas clínicas e com acompanhamento médico.

A pressão pode ser medida manualmente por meio de manguito, geralmente fixado no braço, com o estetoscópio, ou com aparelhos digitais que fazem a leitura e aferem a PA com boa precisão. Segundo Diretrizes Brasileiras da Hipertensão Arterial – 2020, o valor considerado normal da PA é 120 x 80 mmHg. Acima de 140×90 mmHg é considerado hipertenso e o valor intermediário de 130-139 x 85-89 mmHg é classificado com pré-hipertensão.

O avanço da idade, obesidade e o tabagismo, além da presença de fatores já citados, são riscos adicionais que somam ao prejuízo já causado pela HAS e podem acelerar e agravar doenças e lesões vasculares. É importante reforçar a adoção de hábitos saudáveis, como a atividade física periódica, que ajuda a controlar os níveis glicêmicos e o diabetes e colabora para baixar os níveis de colesterol e o controle do peso. A dieta equilibrada, com baixos níveis de sal, gordura e de açúcares, são benefícios potencializados para controlar a pressão arterial, além de auxiliar no controle de outras comorbidades. Evitar o consumo de tabaco, em suas diferentes formas, e bebida alcoólica em excesso, também são primordiais para proteger a saúde.

Hoje, especialistas têm observado que pessoas mais jovens também estão sendo acometidas com HAS e doenças cardiovasculares com mais frequência e crescente. Geralmente, o início dos sintomas sugere risco de evolução mais grave das doenças. “Provavelmente o estresse diário, associado a outros fatores, como sedentarismo, má alimentação e doenças preexistentes, quando presentes, podem ser justificativas para o comprometimento das faixas etárias mais jovens”, observa o Dr. Marcone.

Nesse sentido, cuidar da pressão arterial e da saúde vascular é essencial para manter uma vida saudável e prevenir complicações em longo prazo. É fundamental realizar checkups regulares e seguir as orientações médicas, especialmente para quem tem histórico familiar de hipertensão ou outras condições de doenças vasculares. Vale lembrar que pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na saúde. “A recomendação é sempre consultar o especialista para orientações e cuidados personalizados”, conclui o médico.

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