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Frio não deve ser desculpa para abandonar exercícios físicos; saiba como se manter motivado e praticar sem arriscar a saúde

Educador físico Aurélio Alfieri: “atividades internas são as mais recomendadas e há medidas que ajudam a reduzir o impacto do frio sobre o corpo”

Foto: Divulgação

Quando as temperaturas caem entre o outono e o inverno, o ânimo para praticar exercícios físicos costuma acompanhar o movimento. Ainda assim, é preciso resistir à vontade de passar o friozinho debaixo das cobertas e mexer o corpo para se manter saudável física e mentalmente. “Fazer exercício no frio é tão importante quanto fazer exercício no calor. O nosso corpo precisa do movimento”, diz o profissional de educação física e influenciador Aurélio Alfieri, de Curitiba/PR. 

Conforme explica, há questões específicas relacionadas a esta época que precisam ser consideradas, como o aumento do consumo de açúcares e gorduras. “No inverno, nosso corpo acaba pedindo alimentos mais calóricos. Se não fizermos exercícios físicos para queimar essas calorias, é bem provável que cheguemos ao verão com peso maior, colesterol e glicemia mais elevados, aumentando os riscos para a saúde e também trazendo problemas estéticos”, reforça, destacando outro ponto importante: “o frio nos faz ficar mais parados e encolhidos, o que aumenta o risco de desenvolver dores no corpo. Assim, não só os exercícios, mas também os alongamentos são essenciais”.

Para manter o hábito, a sugestão é ter uma meta realista. “Não é para dizer: ‘ah, vou fazer exercícios todos os dias às cinco horas da manhã’, porque é bem difícil manter essa meta. Fazer atividades três vezes por semana, meia hora cada uma das sessões, já ajuda bastante”, recomenda Alfieri. Ter companhia, principalmente uma mais disciplinada, também pode ajuda manter o hábito, assim como optar por atividades internas nesse período.

Melhores práticas (e formas de praticar) – As atividades internas são as melhores opções. Aliás, são as mais apropriadas para as estações frias. “Os exercícios mais indicados são aqueles que podem ser feitos em ambientes protegidos, que têm uma temperatura controlada, para deixar a atividade mais agradável e mais segura”, orienta o profissional. Isso porque, além de desmotivar os praticantes, o frio pode representar risco à saúde. É preciso considerar, por exemplo, que o ar frio é mais seco, o que afeta mucosas e facilita a entrada de microrganismos no corpo a partir da respiração. Dependendo da temperatura, o corpo também pode não conseguir esquentar o ar inspirado adequadamente.

Nesse sentido, o influenciador orienta não fazer exercícios físicos nos horários mais frios, como início da manhã, fim da tarde e à noite. Ele reforça ainda a importância do aquecimento antes da prática. “Precisamos realmente preparar a musculatura, lubrificar as articulações e preparar o corpo para essa atividade, devido ao risco de lesão. Então, o aquecimento é fundamental”, diz.

É preciso também usar roupas adequadas, resistentes ao vento e, se for o caso, à chuva, assim como proteger as vias aéreas com cachecóis ou outras peças para minimizar o efeito do ar frio. Outra orientação fundamental é manter-se hidratado: “com o frio, a tendência é bebermos menos água, o que prejudica o funcionamento do organismo”, destaca.

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