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Gestantes: cuidado com a dengue

Dr. Anderson Pinheiro: “o melhor caminho é a prevenção: uso de repelente (ficar atento ao período de reposição do produto), usar roupas mais compridas, cobrindo braços e pernas”

Números divulgados pelo Ministério da Saúde, em março, dão conta de 363 mortes por dengue no Brasil. Entre os casos prováveis, 55,5% são de mulheres. Até o começo do mês, o país contabilizava 1.342.086 casos da infecção. Em apenas dois meses e meio, 2024 já tem 1.684.781 notificações de dengue, e já é considerado o segundo pior ano da série histórica.

No caso das grávidas, alerta o obstetra Dr. Anderson Borovac Pinheiro, de Campinas/SP, é preciso cuidado redobrado com o surto da doença. Ele tem especialização pela Unicamp e estudos no Massachusetts General Hospital. É autor também do guia “A internet não é legal para gestantes”.

Conforme destaca, “o melhor caminho é a prevenção: uso de repelente (ficar atento ao período de reposição do produto), usar roupas mais compridas, cobrindo braços e pernas, por exemplo. Mas se adquirir a doença é importante ficar atento aos sintomas (febre, mal-estar, dor de cabeça, dor atrás dos olhos) para confirmar o diagnóstico. Diagnóstico confirmado, como as gestantes são consideradas grupos de risco, realizar exames de hemograma diários e se agravado, hospitalização”. Para as gestantes que contraírem a doença e puderem manter o tratamento em casa, ele orienta hidratação (4 a 5 litros de água por dia, via oral), remédios para baixar a febre e dor podem ser administrados.

Especialmente sobre a dengue, ele informa que o vírus é transmitido para o bebê através da placenta. Geralmente não causa graves alterações no feto. Porém, ele pode apresentar sinais da presença do vírus, caso o parto seja realizado dentro do período em que a infecção esteja vigente. O ideal é que o parto seja postergado nos casos em que isso seja possível, diminuindo os riscos maternos e para o recém-nascido.

Ele afirma também que nas gestações iniciais, a futura mãe que contrai a doença pode ter aborto, mas não há relatos, até o momento, de má-formação fetal.

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