Hospital João XXIII oferece serviço de microcirurgia em cirurgia plástica
Equipe de microcirurgia reconstrutiva do Hospital João XXIII/ rede FHEMIG.
O Hospital João XXIII (HJXXIII) de Belo Horizonte é referência para a Medicina de Minas Gerais e do país em atendimentos de alta complexidade de urgência e emergência. Trata-se de uma instituição hospitalar muito respeitada pelos diversos segmentos da comunidade da capital mineira. Todos nós já ouvimos depoimentos de pacientes que foram atendidos no João XXIII que ressaltam o trabalho de excelência de toda a equipe que atua no hospital.
Desde janeiro de 2019, o Hospital João XXIII conta com serviço de microcirurgia em cirurgia plástica – uma técnica cirúrgica baseada no uso de microscópio para a manipulação de estruturas anatômicas de pequenas dimensões e que aumenta muito a precisão do procedimento, sendo indicada para conexão de vasos, veias e reconstrução de tecidos.
A coordenadora da cirurgia plástica e da Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital João XXIII, Kelly Danielle de Araújo, explica que o procedimento permite a recuperação de lesões por meio da retirada de tecidos, que podem vir até mesmo de áreas distantes do corpo. “Trata-se de uma cirurgia mais elaborada de reconstrução, pois permite levar grande quantidade de tecido de uma parte para outra de maneira mais complexa – com músculo ou osso, por exemplo. É possível tirar de uma fíbula para reconstruir uma face, ou tirar de um músculo do abdômen para reconstruir uma área na cabeça”, explica.
Além da Dra. Kelly, a equipe é composta pelas cirurgiãs Cristiane Tavares Ferreira e Vivian Pacheco de Lemos – responsável por trazer a microcirurgia para a cirurgia plástica no HJXXIII – e mais dois residentes. “Durante o procedimento microcirúrgico, duas equipes atuam ao mesmo tempo: uma faz a área doadora e a outra atua na parte que vai receber o tecido, em que se trabalha com o microscópio para a realização da anastomose (união) de vasos e nervos. Já fizemos dois casos desde então: duas lesões de membro inferior de pacientes politraumatizados, com fratura exposta e perda extensa de substância. Como não era possível a reconstrução por retalhos locais, foi feita, via microcirurgia, a retirada de músculo abdominal para reconstrução do pé”, disse Kelly.
O serviço representa um enorme ganho assistencial para o Hospital João XXIII, por ser uma unidade referência no Estado em politrauma e atendimento a grandes queimados. “Trabalhamos com traumas complexos, com perdas de substâncias extensas e, às vezes, perdem-se até mesmo segmentos corporais de acordo com a gravidade da ferida. Com a microcirurgia, torna-se possível reconstruir a área. Algumas estruturas nobres do corpo necessitam de cobertura que não se conseguiria ter com outro tipo de cirurgia”, conclui a médica.
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