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Impactos do coronavírus durante a gravidez: Hospital das Clínicas da UFMG participa de estudo mundial da OMS

Gestantes em pré-natal no HC-UFMG/Ebserh, estão sendo convidadas para participarem da pesquisa, intitulada Rede Brasileira de Estudo sobre covid-19 em Obstetrícia (Rebraco/WHO) – Um estudo de coorte prospectivo para investigação dos resultados maternos, gestacionais e neonatais em mulheres e neonatos infectados pelo SARS-CoV-2. As voluntárias passam por uma triagem, na qual são realizadas entrevistas e exames sorológicos para confirmar ou excluir infecção pelo coronavírus. Em seguida, elas são inseridas em quatro grupos: vacinadas com e sem covid-19 e não vacinadas com e sem covid-19, todas acompanhadas ao longo da gestação.

No momento do parto, amostras de placenta, líquido amniótico e sangue do cordão são retiradas e enviadas para a Faculdade de Farmácia da UFMG, onde estão sendo realizadas as análises do material.

 O estudo, patrocinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é coordenado, no Brasil, pela Unicamp. No HC-UFMG, quem está à frente dele é o obstetra Mário Dias Corrêa Júnior. Segundo a experiência dele no atendimento de gestantes com exposição ao coronavírus indica que quanto mais grave a infecção, maior é o impacto. “Parece estarmuito relacionado à gravidade da doença. Pacientes com covid-19 mais complicada têm mais partos prematuros. Além disso, a incidência de pré-eclâmpsia também maior”, disse. O resultado do estudo, que busca confirmar ou não essas evidências, está previsto para o primeiro semestre de 2023.

Equipe multidisciplinar – O Ambulatório de Obstetrícia do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh é referência no atendimento de grávidas de risco habitual e alto risco e atende, em média, 1 mil gestantes por mês. A equipe, multidisciplinar, conta com 11 profissionais, sendo dois preceptores, dois residentes, três acadêmicos, uma biomédica envolvida na coleta, uma professora da Faculdade de Farmácia e outras duas biomédicas na análise do material.

O projeto Rebraco reúne países como Argentina, Irã, Bangladesh e Quênia, e cerca de 30 maternidades de todo o Brasil, quase todas vinculadas a universidades.

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