Psoríase: aos primeiros sinais, procure um dermatologista!
Apesar de não haver cura, a doença pode ser controlada. Ela afeta 125 milhões de pessoas no mundo
Foto: Divulgação
Um dos problemas dermatológicos que vem chamando a atenção dos especialistas é a Psoríase, doença crônica, auto inflamatória e não contagiosa, que se caracteriza pelo aparecimento de lesões avermelhadas e descamação esbranquiçadas na pele.
Segundo a Fiocruz, no mundo há 125 milhões de pessoas com a enfermidade e, no Brasil, são cerca de 5 milhões. A doença pode se manifestar de diferentes formas, com sintomas que variam de acordo com o paciente. Conforme informa a dermatologista Alice Magalhães, de São Paulo/SP, “ela atinge cerca de 1% a 3% da população mundial, ou seja, a cada 100 pessoas, uma a três pode ter Psoríase, sendo mais frequente entre adultos e idosos”.
Entre os sintomas mais comuns estão as lesões que podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas as principais costumam ocorrer nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região lombar, conhecida também como Psoríase Vulgar. Existem outros vários tipos de Psoríase como, a Invertida ou em dobras, que é menos comum e surge em locais como, virilhas, axilas, umbigo e entre as nádegas; a Psoríase Ungueal, que acomete as unhas, podendo enfraquecê-las e gerar o seu descolamento; a Artropática, que é a associação da psoríase com a artrite, com lesões cutâneas acompanhadas por dores, inchaço e rigidez nas juntas; a Pustulosa, com o surgimento de pequenas bolhas cheias de pus; a Palmoplantar, que atinge a palma das mãos e a sola dos pés; e a Eritrodérmica, forma mais grave da doença, podendo requerer até internação hospitalar. “Um dos elementos que pode levar ao desenvolvimento dessa Psoríase grave é o tratamento inadequado de outras formas de Psoríase. Por isso, é fundamental contar com bons dermatologistas no diagnóstico e no tratamento da doença”, explica a dermatologista.
Segundo a dermatologista da clínica EVCITI, clínica referência em doenças autoimunes no estado de São Paulo, a Psoríase é cíclica, ou seja, os sintomas desaparecem e reaparecem periodicamente e tem tratamento. “O diagnóstico é feito por meio de um exame de pele, das unhas e do couro cabeludo. Em alguns casos, o dermatologista pode realizar uma biópsia da pele lesionada para uma análise mais precisa”, acrescenta a Dra. Alice Magalhães.
Ao ser comprovada, os tratamentos disponíveis podem ser tópicos ou sistêmicos, incluindo medicamentos biológicos contra alvos específicos, e a fototerapia – que é feita com exposição da pele à luz ultravioleta com supervisão médica.
“Apesar de não existir cura para Psoríase, essa condição pode ser muito bem controlada com o tratamento correto. Atualmente, as abordagens terapêuticas têm o objetivo de alcançar 100% ou 90% de melhora. Assim, as lesões podem sumir ou, então, a doença pode entrar em remissão (ou seja, ficar adormecida), proporcionando uma maior qualidade de vida para os pacientes”, explica a especialista.
A Psoríase não é contagiosa, mas pode haver uma predisposição genética. Por isso, a importância de se consultar um dermatologista e ter um diagnóstico preciso, para que se faça o tratamento adequado, mantendo a qualidade de vida e uma rotina normal nas atividades diárias.