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Vida de Médico: entrevista com o Dr. Eliseu Barros – Ortopedista em Belo Horizonte/MG

Dr. Eliseu Barros: “Todo cuidado médico passa por uma relação saudável com seu paciente”

             Nesta edição, o destaque desta coluna é o ortopedista Eliseu Barros, cirurgião de quadril, de Belo Horizonte/MG, que conta um pouco a sua história: escolha da Ortopedia e Traumatologia, desafios profissionais, rotina de trabalho, relação médico-paciente, entre outros aspectos.

Dr. Eliseu Barros é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, coordenador do Programa de Residência Médica da Santa Casa BH e tem pós-graduação em Clínica da Dor, pelo Instituto Alberto Einstein, entre outros. Confira:

Dr. Eliseu, quando e por que o senhor decidiu fazer medicina? – Em 2004, após desistir da graduação em Física pela UFMG, passei por um período de reflexão onde percebi que a Medicina poderia ser uma carreira que poderia conciliar diversos interesses pessoais com a possibilidade de exercer uma profissão que pudesse fazer uma diferença positiva para as pessoas.

Por que a Ortopedia? – Sempre me interessei pela área de Cirurgia, pelo gosto que eu tenho em trabalhar com as mãos. A Ortopedia, por sua vez, é uma área da medicina com uma variedade enorme de procedimentos e técnicas. Isso foi decisivo na hora da minha escolha.

Quando e em qual faculdade se formou? – Me formei em 2011, pela Ciências Médicas de Minas Gerais. Terminei minha residência em Ortopedia em 2015, sendo aprovado na prova de títulos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Completei minha formação em Cirurgia de Quadril em 2016, assumindo como preceptor do Programa de Residência da Santa Casa no ano seguinte. Em 2017, eu terminei minha especialização em Acupuntura Médica pelo Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura. Em 2020, assumi como coordenador do Programa de Residência Médica da Santa Casa BH. Em 2022, terminei minha pós-graduação em Clínica da Dor pelo instituto Albert Einstein. Esse ano, termino meu mestrado pela faculdade Santa Casa.

Quais os desafios que encontrou no início de sua carreira? – O período da Residência Médica é de grande exigência física e intelectual. A Ortopedia é uma área muito distante da Medicina que vemos na faculdade. Foi necessário reaprender a estudar para a residência.

Como é a sua rotina de trabalho? – Divido meu tempo entre minha função de preceptor e cirurgião do Sistema Único de Saúde na Santa Casa de BH, com meu consultório de Acupuntura Médica e os serviços particulares, onde também atendo como cirurgião de quadril. Saio de casa por volta das 7 horas, mas não tenho muita previsão de quando consigo voltar para casa.

A concorrência na Medicina é muito grande? Como se destacar? – A concorrência tem sido cada vez maior, sobretudo com a abertura de novos cursos de Medicina. Por isso o médico nunca pode parar de estudar. Especialização e residência são grandes diferençais do profissional neste mercado.

Como o senhor avalia a relação médico-paciente? – Todo cuidado médico passa por uma relação saudável com seu paciente. Em se tratando de cirurgia, é muito importante que o médico saiba acolher o paciente em seu momento de dúvidas, alinhar as expectativas quanto ao tratamento e decidir em conjunto com seus familiares o melhor caminho a seguir.

Em um país com diferença social acentuada como no Brasil, como o médico deve se preparar para uma visão mais social? – Acredito que trabalhar nos serviços que atendem o SUS nos dá uma dimensão das dificuldades que a nossa população passa para ter acesso ao básico.

O que poderia dizer para os jovens colegas que estão no caminho da medicina? – A Medicina nos oferece uma gama enorme de possibilidades de realização pessoal e coletiva. É preciso persistência diante dos desafios e coragem para traçar sua carreira de forma ética e coerente com as boas práticas.

Finalizando, o que o senhor faz para relaxar/hobbies? – Gosto muito de musculação, de cozinhar em casa para minha família e amigos, e ouvir aulas sobre outras áreas como da ciência, literatura, religião. Também pratico há anos uma arte marcial chinesa chamada Ving Tsun.

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