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A inteligência artificial na prática médica

Wagner Scalabrini Neto

Aluno do 7º. Período do curso de Medicina Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais/FCMMG

A medicina é algo complicado. Nós estudantes passamos seis anos da nossa vida apenas para nos tornar um médico generalista, e mais diversos outros anos para nos especializar. Enquanto isso, um profissional formado já atua há um tempo considerável na área e possui mais conhecimento e experiência. Dessa forma, fica muito difícil acompanhar o mercado, tornando necessária cada vez mais uma ajuda consistente, lógica e imparcial, a inteligência artificial (IA).

Atualmente é quase impossível não ouvirmos falar de IA. Ela está fortemente presente no nosso cotidiano, como nas redes sociais através dos algoritmos, nos carros através de novas tecnologias, como detector de fadiga, nos caixas automatizados de supermercado e até mesmo na prática médica.  A IA veio tanto para facilitar a vida dos médicos como dos pacientes. A bomba de insulina é um exemplo disso. Ela atua como um pâncreas artificial e fica conectada ao corpo por meio de um cateter que monitora constantemente a glicemia do paciente e administra precisamente a quantidade necessária de insulina. Isso é extremamente prático, tendo em vista que dispensa o paciente de monitorar repetidamente a sua glicose, calcular a quantidade necessária de insulina e aplicar a injeção, tudo isso é feito pelo dispositivo. Entretanto, apesar de ser excepcionalmente funcional e benéfico, é um tratamento bastante oneroso, tornando o seu uso bastante limitado. Porém, sonhamos para que no futuro se torne acessível para todos aqueles portadores de diabetes.

Outro exemplo de uso da IA na prática médica está no âmbito dos medicamentos. Atualmente existem softwares que conseguem dizer se existe ou não interação entre fármacos, tarefa que antes exigia do médico conhecimento prévio ou até mesmo consulta em livros. Além disso, existem também IA’s capazes de dizer se um fármaco será eficaz ou não, por meio de um banco de dados de estruturas moleculares em que será feita uma análise, sobre quais moléculas atenderão uma necessidade em particular ou não. Isso foi feito em 2015, quando pesquisadores usaram esses dados para criar fármacos que tornariam a Ebola menos provável de infectar outras pessoas. A investigação que levaria meses ou até mesmo anos foi concluída em apenas um dia.

Em suma, é possível concluir que a IA não veio para tomar lugar do médico como muitos erroneamente pensam, mas, sim, ajudá-lo em sua prática diária, promovendo diagnósticos e tratamentos mais assertivos, melhorando a qualidade de vida das pessoas.

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