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Agosto Dourado enfatiza a importância da amamentação e a doação de leite materno

O aleitamento materno fortalece o sistema imunológico, protege contra doenças e ajuda no desenvolvimento do sistema neurológico

O mês de agosto é dedicado a conscientização da população sobre a importância do aleitamento materno. O período foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a mobilização é determinada por meio da Lei n.º 13.345/2017.

Conforme explica a ginecologista e obstetra Luana Ariadne Ferreira, do Hospital Edmundo Vasconcelos/São Paulo/SP, “a amamentação é essencial porque fornece todos os nutrientes que o bebê precisa para um desenvolvimento saudável. Além disso, cria um vínculo afetivo muito forte entre a mãe e o bebê. Então, é importante conscientizarmos a população sobre a importância da amamentação e incentivar as mulheres dando conforto e apoio durante todo esse processo do aleitamento materno”.

O leite materno possui propriedades importantes como a presença de anticorpos e o fortalecimento do sistema imunológico, combatendo vírus e bactérias e ajudando a proteger o bebê contra infecções e doenças, além de contribuir para o desenvolvimento neurológico. Por isso, destaca a médica, é primordial reforçar a importância do aleitamento durante toda a gestação e logo após o nascimento do bebê. “A recomendação da OMS é que a amamentação exclusiva deve acontecer até os seis meses. Após esse período, até os dois anos, a amamentação pode complementar a introdução dos primeiros alimentos. Mas isso pode variar conforme o desejo da mãe e a necessidade da criança e da mãe. O ideal é continuar a tentar amamentar por mais tempo”, ressalta.

Algumas mães, acrescenta, podem sofrer alterações e dificuldades com o aleitamento, como dores, rachaduras, alterações de pega, mamilos planos e até mesmo dificuldades em relação à produção de leite. Nesse sentido, “é importante contar com a ajuda de um profissional de saúde, como uma consultora de amamentação, para ajudar a superar as dificuldades. Essas consultoras podem orientar em relação às técnicas para melhorar a pega, o que vai diminuir as rachaduras, a dor e melhorar a produção do leite. Há ainda cremes específicos que podem ajudar no alívio de sintomas de rachadura”, destaca a profissional.

Segundo ela, outra dificuldade poderá ser o leite empedrado. “Para aliviar esse leite empedrado a orientação é fazer compressas mornas, massagear suavemente o seio, amamentar e tirar um pouco do leite com a bombinha. Isso vai ajudar a desinchar e a diminuir o leite empedrado. Caso isso persista, o ideal é procurar um profissional especializado”, aconselha.

Assim que o desconforto passar, é importante focar na melhora da produção do leite, o que inclui contar com o descanso, o apoio emocional, manter baixos níveis de estresse, uma boa hidratação e alimentação equilibrada e uma amamentação frequente, de oito a 12 vezes ao dia.

Especialmente no caso de mães de primeira viagem, é muito importante criar uma rede de apoio com outras mães, buscar mais informações sobre a amamentação, além de ajuda profissional, quando necessário.

Doação de leite materno – Luana Ariadne explica que muitos bebês, especialmente os prematuros, não conseguem ser amamentados por suas mães por várias razões médicas. Para esses casos, o leite materno pode ser doado para alimentar outras bebês. “As doadoras precisam passar por uma triagem de saúde para garantir que o leite é seguro para os bebês receptores. Mesmo uma pequena quantidade de leite doado já é importante”, avalia.

De acordo com a médica, “a doação do leite materno é um ato de amor, solidariedade e generosidade que pode fazer uma grande diferença na vida de muitos bebês, especialmente naqueles que nasceram prematuros ou em condições médicas que dificultam a amamentação. Ao doar, as mães não só ajudam outros bebês a prosperar, mas, também, cria uma comunidade mais forte e solidária. Se você está em condições, considere entrar em contato com um banco de leite mais próximo e faça a diferença na vida dessa pessoa”, orienta.

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