Assim como a atriz Jennifer Aniston, pessoas sem filhos devem se planejar para ter autonomia na terceira idade
Márcia Sena: “é possível usufruir de uma longevidade ativa sem suporte familiar,
por meio de um planejamento para esta fase da vida”
O número de pessoas que estão optando por não terem filhos cresce a cada ano. Vista que a configuração da família tradicional vem passando por mudanças e, com isso, a paternidade e a maternidade não são vistas como prioridade e nem meta de vida para ser alcançada.
A atriz Jennifer Aniston, de 53 anos, uma das protagonistas de Friends e de outros sucessos da televisão e do cinema, recentemente deu uma entrevista para a revista Allure, sobre o desejo de ser mãe e as tentativas não bem-sucedidas de ficar grávida. Ela revelou que esse processo foi difícil e dolorido e que hoje pode virar essa página, pois não tem mais nada a esconder. Além disso, relatou o quanto a pressão da mídia foi cruel em relação à maternidade.
No Brasil, segundo o levantamento realizado em 2015 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que em 10 anos o número de casais sem filhos passou de 15% para 20%. Márcia Sena, especialista em qualidade de vida na terceira idade e fundadora e CEO da Senior Concierge/ São Paulo/SP, empresa que pratica um modelo de atenção integrada para dar suporte a pessoas com mais de 60 anos, relata que algumas pessoas decidem por não terem filhos por conta da impossibilidade e outras simplesmente por não desejar. Porém, ainda, existe uma certa imposição social que o casal precisa ter filhos para garantir amparo na velhice. “É preciso desmistificar que só os casais que tiveram filhos terão suporte na velhice, pois é possível passar pela terceira idade com autonomia e qualidade, independente de filhos ou não”, relata Márcia Sena.
De acordo com a especialista, com o aumento da expectativa de vida as pessoas estão vivendo muito mais do que gerações passadas. Por isso, é fundamental fazer planos para a velhice, principalmente para aquelas que não têm suporte familiar. “Por outro lado, vale lembrar que o fato da pessoa não ter tido filhos, não significa que não terá amparo e cuidado. Assim, planejar antecipadamente a velhice é importante, pois te dará a possibilidade de gerenciar essa fase”, lembra Márcia. Dessa forma, ela lista algumas sugestões de como se planejar para ter uma terceira idade de qualidade sem depender de suporte familiar:
- Planejamento financeiro: É essencial que as pessoas realizem com antecedência, um planejamento financeiro para usufruir bem do dinheiro na velhice e ter condições de ter um suporte para manter a autonomia.
- Planos saudáveis: Partindo do ditado popular que aquilo que se planta é o que se colhe, o cuidado com a saúde desde novo é importante para colher uma boa longevidade e autonomia. Sendo assim, é fundamental ter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e ter planos saudáveis que contribuem para a saúde.
- Planeje a rede de apoio: A construção de rede de apoio é fundamental para o idoso, mas que não se reflete necessariamente em filhos – podem ser familiares, vizinhos e amigos, que prestam auxílio quando preciso e que constroem uma rede de interação social, que é um pilar importante da longevidade e que pode ser um suporte em casos de emergência.
- Busque empresas especialista em idosos: Garantir uma qualidade na terceira idade é fundamental, pois o processo de envelhecimento traz consigo alguns aspectos bons na vida desse idoso, e outros que podem impactar diretamente na sua saúde. Apesar dos esforços para garantir uma longevidade cada vez mais ativa, a maioria dos idosos passam por algum tipo de fragilidade nessa fase. Com isso, vale a pena começar a buscar empresas especializadas no suporte, prevenção e cuidados com os idosos.