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Câncer de Próstata: Exame anual, a partir dos 45 anos, permite detectar anomalias precocemente

O médico José Eduardo Távora, coordenador do Serviço de Urologia e Cirurgia Robótica do Hospital Vila da Serra (HVS)

De forma indireta, a pandemia da Covid-19 tem servido para conscientizar a sociedade de que a saúde tem valor inestimável. Prova disso foi o aumento da procura pelo check-up urológico, a partir de julho deste ano, para prevenção do câncer de próstata, o segundo tipo de tumor mais prevalente nos homens.

Segundo o coordenador do Serviço de Urologia e Cirurgia Robótica do Hospital Vila da Serra, José Eduardo Távora, essa mudança de comportamento dos homens aconteceu bem antes da campanha ‘novembro Azul’, que é um incentivo a mais para a realização dos exames periódicos, a partir dos 45 anos, para detectar precocemente a doença – quando a lesão ainda está dentro da glândula – o que garante cura para 90% dos casos.

“O câncer de próstata é assintomático, na maioria das vezes, o que reafirma a necessidade de fazer a prevenção anual. Pela localização da glândula prostática, na região da pelve, um caso de metástase pode afetar vários órgãos e também os ossos”, ressalta. Daí a importância de qualquer anomalia nessa glândula ser diagnosticada precocemente.

O exame de prevenção inclui o PSA e o toque retal. Atualmente, o protocolo inclui a ressonância magnética da próstata, como importante ferramenta no diagnóstico da doença.

Segundo dados do Instituto do Câncer (Inca), o risco do câncer de próstata na região Sudeste é de 62 casos para cada 100 mil habitantes. Na região Nordeste, o número aumenta para 72 ocorrências, para casa 100 mil habitantes. “Esse é um percentual muito alto”, comenta o médico.

Tratamento – De acordo com o Dr. José Eduardo Távora, a evolução do tratamento do câncer de próstata já é uma realidade. Além da cirurgia robótica, que minimiza efeitos colaterais, como incontinência urinária e impotência sexual e assegura uma recuperação mais rápida, há avanços no diagnóstico, como o uso de métodos ontogenéticos, que permitem diagnosticar se o tumor vai evoluir ou não, o que direciona para um tratamento mais agressivo ou conservador, caso a caso.

“A cirurgia robótica é um caminho sem volta para a Medicina. As cirurgias abertas vão ficar basicamente para o Sistema Único de Saúde (SUS) que, ainda, tem dificuldade em cobrir os custos do robô, cotado em dólar”, argumenta o cirurgião. Das 2100 cirurgias do gênero realizadas no HVS, 60% são de próstata.

Para quem está em tratamento, os procedimentos de radioterapia também têm melhorado muito nos últimos anos, conclui.

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