Casos de câncer de testículo aumentam entre a população mais jovem

Doença é silenciosa. Dor local e aumento do volume são sintomas que devem ser investigados
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Apesar de ser raro, o câncer de testículo precisa, cada vez mais, de atenção da população masculina. Não há um exame preventivo e o diagnóstico é feito a partir dos sintomas, que podem ser confundidos com outras doenças. A morte do ex-jogador do Vitória, Leandro Domingues, aos 41 anos, causou comoção nacional e acendeu o alerta sobre o início silencioso da doença.
Dados atualizados em 2025 pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) destacam que o câncer de testículo representa cerca de 1% de todos os tumores malignos masculinos e é predominante entre homens na idade reprodutiva (de 15 a 35 anos). A estimativa é que sejam diagnosticados cerca de 1.700 novos casos da doença entre os homens brasileiros ainda este ano.
De acordo com o oncologista Paulo Henrique Costa Diniz, da Rede Mater Dei de Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte, o câncer de testículo apresenta alta taxa de cura, quando detectado precocemente, e baixo índice de mortalidade: “ações de conscientização são fundamentais para a saúde do homem. A doença possui uma maior incidência entre jovens, podendo impactar diretamente na fertilidade. O órgão é responsável pela produção de espermatozóides e de hormônios, como a testosterona”.
Sintomas – Os principais sintomas são alteração do tamanho dos testículos, sensação de peso no saco escrotal, dor ou desconforto no testículo ou saco escrotal, dor imprecisa na parte inferior do abdômen ou na virilha, além do derrame escrotal, caracterizado por líquido no escroto.
Entre os fatores de risco estão o histórico familiar, infecções testiculares prévias e criptorquidia – testículo que não migrou adequadamente para o saco escrotal durante o desenvolvimento fetal.
Especialistas recomendam a realização do autoexame dos testículos uma vez ao mês, após um banho quente. O calor relaxa o saco escrotal e facilita a observação de anormalidades de tamanho, densidade e sensibilidade. “O autoexame testicular é um aliado importante, assim como o acompanhamento regular com o urologista”, alerta o urologista.
O tratamento depende diretamente do estágio da doença. Em fases iniciais, a remoção cirúrgica do testículo afetado (orquiectomia) pode ser curativa. Nos casos mais avançados, podem ser recomendados quimioterapia e radioterapia. A abordagem ao tratamento é multidisciplinar e personalizada. Na Rede Mater Dei de Saúde, “os tratamentos são definidos em conjunto por uma equipe de diferentes especialidades em reuniões clínicas de cada área, contemplando as complexidades e especificidades de cada paciente”, observa o Dr. Paulo Henrique.
Hospital Integrado do Câncer Mater Dei (HIC) – A unidade é um modelo de referência que acolhe os pacientes em um momento delicado, tendo como foco o tratamento oncológico individualizado e humanizado. O HIC possui uma das certificações internacionais de qualidade em saúde mais respeitadas no mundo, a Joint Commission Internacional (JCI), garantindo segurança e qualidade.
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