Cuidados Urológicos na Gestação
Dr. Guilherme Sjoman de Brum: “na gestação, a gestante fica mais suscetível a desenvolver condições urológicas”
No dia 15 de agosto foi celebrado o Dia da Gestante, data para conscientizar a população sobre os cuidados especiais e necessários neste período de geração de uma nova vida. Conforme destaca o urologista Guilherme Sjöman de Brum, do Setor de Disfunção Miccional e Urologia Feminina Grupo São Pietro Hospitais e Clínicas/RS, a gestação é um momento único e de grande aprendizado, inspira diversos cuidados para uma gestação saudável e sem preocupações. Durante este tempo, é preciso cuidar ainda mais da saúde, especialmente a do aparelho urinário, devido a problemas ocasionados pelas mudanças hormonais, anatômicas e funcionais. Nesse sentido, adotar medidas preventivas no dia a dia é fundamental para evitar problemas urológicos.
“As principais medidas para evitar estes problemas são alimentação adequada e ingestão de líquidos, principalmente água. Exercícios de fisioterapia pélvica, guiado por um profissional adequado, podem também ajudar nos casos de incontinência urinária. Além disso, é fundamental manter as consultas de pré-natal em dia. O urologista pode ser um aliado da gestante neste período”, reforça.
O período gestacional requer um cuidado ainda maior com a saúde da mulher e consequentemente do bebê. Na gestação, a gestante fica mais suscetível a desenvolver condições urológicas. “As gestantes têm maior risco de desenvolver infecção urinária. A presença de bactéria na urina sem sintomas (bacteriúria assintomática) também pode ser um problema. Da mesma forma, a formação de cálculos renais é uma condição com frequência aumentada, principalmente em mulheres com histórico pessoal ou familiar”, complementa o urologista.
Outro problema frequente nas gestantes, alerta, é a incontinência urinária, que é a perda involuntária da urina pela uretra, estando presente em até 40% das vezes. “O aumento de peso, crescimento da barriga e as alterações na musculatura pélvica neste período propiciam o escape involuntário de urina. Felizmente os sintomas tendem a regredir após o parto, mas deve-se estar muito atento a persistência destes”, conclui o médico.
