Fevereiro Laranja alerta sobre leucemia
Pilar Hospital de Curitiba reforça a importância de conscientizar a população sobre este tipo de câncer que afeta a produção de células do sangue Crédito: Pixabay
Neste mês de fevereiro, profissionais médicos e, principalmente, os hematologistas alertam a população sobre a importância da realização de exames para o diagnóstico precoce da leucemia, tipo de câncer da medula óssea (tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, responsável pelo desenvolvimento das células sanguíneas).
Em Curitiba, o Pilar Hospital abraçou esta campanha de combate a esta doença de alta incidência. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima o diagnóstico de 10 mil casos por ano no Brasil.
De acordo com a hematologista do Pilar Hospital, Dra. Alessandra Akemi, há pelo menos quatro subtipos de leucemias, divididas em agudas e crônicas. “As leucemias agudas têm progressão rápida e muitas vezes geram sintomas em um período curto de tempo. Por exemplo, em poucas semanas. Já as leucemias crônicas costumam progredir mais lentamente, às vezes, ao longo de anos. Ainda, são classificadas de acordo com a célula que as originam: em mieloides ou linfoides”.
Uma vez que a leucemia se estabelece, a produção das células do sangue fica prejudicada, o que resulta em sinais e sintomas da doença. “Devemos ficar atentos à palidez, ao cansaço fácil, ao surgimento de manchas roxas pelo corpo sem traumas relacionados, febre, perda de peso inexplicada, aumento de gânglios e dor ou desconforto abdominal por aumento do fígado, ou do baço, ou ambos”, alerta a médica.
Diante da suspeita de leucemia o paciente deverá realizar exames de sangue que contenham hemograma, provas de coagulação e bioquímica. O diagnóstico definitivo da leucemia é feito na avaliação da medula óssea, realizada através de uma punção intraóssea (em geral, no osso popularmente conhecido como bacia), em que são colhidos diversos exames morfológicos, moleculares e citogenéticos que definirão o diagnóstico correto da doença.
O tratamento da leucemia depende de seu subtipo (linfoide ou mieloide, aguda ou crônica) e pode envolver aplicação de quimioterapia para destruir as células leucêmicas. O tratamento ainda pode levar a necessidade de realizar um Transplante Alogênico de Medula Óssea (TMO). “Muitos fatores estão envolvidos nesta decisão, tais como características de risco da própria doença, resposta ao tratamento e existência de doador adequado. O TMO pode ser indicado já no início da doença ou ao longo da terapia. O especialista saberá quando indicar”, comenta hematologista do Pilar Hospital, Dra. Alessandra Akemi, ao observar que não há uma maneira de prevenir a leucemia. “Infelizmente, a maioria dos casos não pode ser evitada e, para muitos pacientes, não há um fator de risco identificado em sua história. Sabemos da importância de manter hábitos de vida saudáveis como a prática de atividade física, alimentação equilibrada e cessação do tabagismo, para melhora da qualidade de vida e redução do risco de adoecer”.