Hipertensão arterial: um mal silencioso!

A temida pressão alta pode causar danos progressivos ao organismo, comprometendo o funcionamento de órgãos vitais”
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O Dia Mundial da Hipertensão Arterial, celebrado em 17 de maio, serve de alerta para uma condição que atinge milhões de brasileiros de forma silenciosa: a pressão alta. Considerada uma doença crônica cardiovascular, ela ocorre quando a pressão do sangue nas artérias se mantém elevada por um período prolongado, e, se não tratada, pode levar a complicações graves e até fatais.
A hipertensão se divide em dois tipos: primária, que se desenvolve com o tempo. Geralmente está relacionada a fatores como alimentação rica em sódio e gordura, consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo, estresse, má qualidade do sono, obesidade, sobrepeso e histórico familiar; e secundária, associada a doenças renais, distúrbios hormonais ou até ao uso contínuo de determinados medicamentos.
Segundo cardiologista Pedro Rubens, do Hospital HSANP/Hospital São Paulo/SP, o diagnóstico é feito a partir da medição da pressão arterial – algo simples, mas fundamental. “Valor de 120/80 mmHg (12×8) é considerado normal, enquanto a pressão é alta quando está igual ou acima de 140/90 mmHg (14×9)”, explica.
Conforme destaca, a tecnologia pode ser uma aliada. “Hoje, muitos aplicativos ajudam os usuários a monitorar a pressão e identificar irregularidades. Mas isso não substitui os check-ups regulares, essenciais para um diagnóstico precoce”.
Complicações a longo prazo – A hipertensão pode causar danos progressivos ao organismo, comprometendo o funcionamento de órgãos vitais. Entre os principais riscos associados à condição estão:
- Infarto, insuficiência cardíaca e arritmia
- Acidente Vascular Cerebral (AVC), com possível comprometimento neurológico
- Insuficiência renal crônica
- Danos na retina que, em casos graves, podem levar à cegueira
- Aneurismas
- Desenvolvimento de outras doenças como diabete tipo 2
Sintomas e prevenção – Embora muitas vezes silenciosa, a hipertensão pode apresentar sintomas como tonturas, dor de cabeça frequente, visão turva, sangramentos nasais, confusão mental, dores no peito e falta de ar.
A boa notícia é que, se detectada precocemente, ela pode ser controlada com medicação e, em muitos casos, apenas com mudanças no estilo de vida.
“Pequenas mudanças fazem grande diferença”, pontua o Dr. Pedro Rubens, citando uma alimentação equilibrada, sono regulado e a prática de atividades como caminhadas, pilates, meditação e pausas de 15 minutos ao longo do dia como prevenção”.