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InCor conclui estudo nacional sobre a relação entre pacientes com covid-19 e infarto agudo do miocárdio

O médico cardiologista Alexandre Abizaid: “os estudos sobre doenças do coração eram escassos nesse grupo de pacientes”

O InCor-Instituto do Coração/SP concluiu um estudo que avaliou a situação de pacientes com covid-19 que sofreram infarto agudo do miocárdio. O trabalho foi realizado entre 14 de abril e 28 de junho de 2020, com 152 pacientes submetidos a angiografia de coronárias (artérias), de 17 hospitais do país.

De acordo com o médico cardiologista e diretor do Departamento de Cardiologia Intervencionista do InCor e HCor, Alexandre Abizaid, os estudos sobre doenças do coração eram escassos nesse grupo de pacientes. O objetivo, explica, “era descrever de forma detalhada as características clínicas e de cateterismo cardíaco dos pacientes com covid-19 que apresentaram infarto”.

Pelo estudo, a mortalidade em ambiente hospitalar de pacientes com covid-19 que apresentaram infarto agudo do miocárdio foi de 24%. O levantamento mostrou também que 69% dos pacientes avaliados apresentavam doença em várias artérias do coração. Também, em mais da metade dos casos, havia a presença de trombos (coágulos). A média de idade dos pacientes foi de 64 anos e a maioria (67,8%) era homem.

O trabalhou mostrou que os pacientes com covid-19, que chegaram ao hospital com infarto do miocárdio, apresentam condição de saúde mais grave, com comprometimento de um número maior de artérias com obstruções e, mais frequentemente, se observa a presença de coágulos nos vasos. O índice de mortalidades desses pacientes chega a ser cinco vezes maior do que em pacientes com infarto sem covid-19.

O trabalho foi aceito para publicação no prestigiado periódico científico da Sociedade Americana de Cardiologia Intervencionista.

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