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HIV x Odontologia: sinais, sintomas e tratamentos

Mesmo com todo avanço da Odontologia ainda há muito preconceito e desinformação no campo do atendimento a pacientes com HIV positivo.

Foto: Pixabay

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como o próprio nome diz, é uma alteração oportunista causada por um vírus que ataca a defesa do organismo do portador contra outras patologias e infecções que podem ainda não terem se manifestado, ou seja, o paciente tem o seu  sistema de defesas debilitado mas, aparentemente, está saudável.

No caso de um atendimento odontológico, ressalta o Dr. Mauro Macêdo/Recife/PE, membro da Academia Brasileira de Odontologia, “o paciente com HIV deve informar ao dentista a sua condição para receber os devidos cuidados especiais. Como medida inicial ao tratamento odontológico, é aconselhável solicitar um hemograma completo, contagem diferencial CD4 e CD8 e carga viral. Após esse resultado, explica, “podemos avaliar o comprometimento do sistema imunológico e decidir se podemos fazer qualquer tipo de tratamento de forma normal, inclusive cirurgias e implantes, ou se devemos adiar alguns procedimentos devido ao momento comprometido do sistema imunológico detectado pelos exames”.

Segundo ele, é quase impossível se contrair HIV no consultório odontológico. “A rotina asséptica clinica nos equipamentos e instrumentais utilizados pelo dentista passa por processos rigorosos e com comprovação científica frente a eliminação de doenças ou quaisquer possíveis agentes infecciosos presentes entre pacientes”, ressalta, explicando que a forma de transmissão mais comum é o sexo anal, vaginal, seringas compartilhadas, transfusão de sangue, amamentação materna ou instrumentos perfurocortantes, bem como o sexo oral, principalmente se a cavidade do parceiro estiver com algumas patologias que são portas abertas para microbiotas, como a periodontite.

O beijo – Muitos mitos ainda pairam na sociedade rodeando o assunto. Um deles é relacionado ao beijo. Conforme observa o Dr. Mauro Macêdo, o beijo no rosto ou na boca não transmite o HIV, mas, “dentre as possíveis manifestações intraorais dos pacientes portadores do HIV, de acordo com a fase da doença, podemos citar:

  • Candidíase oral (uma das mais comuns nestes pacientes) – Pode ser o primeiro sinal da infecção nesses pacientes. Ela se caracteriza como uma pseudomembrana esbranquiçada ou amarelada.
  • Queilite angular – Uma dobra no canto da boca sempre úmida
    Periodontite e a gengivite ulcerativa necrosante (com odor fétido)
    Herpes simples e zoster (lesões por HPV)
  • Leucoplasia pilosa oral (placa assintomática e branca na língua, não removível)
  • Garganta inflamada
  • Ulceras mucocutâneas na mucosa oral
  • Aftas
    Sarcoma de Kaposi – tumor vascular que pode acometer a cavidade oral (lesões duras no palato)”.

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