Em FocoÚltimas Matérias

Não confunda acne com foliculite

Quem não passou pela adolescência sem viver o drama de ter o rosto cheio de acnes? A maioria ou todo mundo já viveu essa situação ou, pelo menos, conviveu com alguém que não saía do dermatologista. Porém, o que você talvez não saiba é que essa pequena lesão não dá apenas no rosto. Ela pode surgir em várias partes do corpo. No couro cabeludo, elas se confundem com a foliculite, devido a sua aparência, mas são coisas diferentes.

A acne nada mais é que uma lesão causada pela superprodução de sebo (óleo) das glândulas sebáceas. Seu excesso obstrui os poros da pele resultando nos comumente cravos e, quando inflamados, nas espinhas. Já a foliculite é uma inflamação dos folículos pilosos causada por bactéria, fungos ou por vírus e, até mesmo, por pelos encravados, e não devido à oleosidade. A pele oleosa pode piorar o quadro das lesões, mas não causá-las.

De acordo com a Coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Alessandra Romiti, “essa infecção do couro cabeludo se caracteriza por lesões avermelhadas muitas vezes com bolinhas com pus. Daí a confusão. Pode haver também coceira (prurido) ”. Normalmente, a inflamação do pelo se cura sozinha, mas casos mais graves e recorrentes merecem atenção e tratamento, pois podem levar à perda permanente do pelo e cicatrizes. Por isso, é importante ir ao dermatologista para realizar o diagnóstico e tratamento.

Quem tem foliculite não deve mexer nas lesões, já que a manipulação pode gerar infecção e agravar o quadro. Ela é mais comum em homens por estarem mais sujeitos à transpiração excessiva do couro cabeludo e à oleosidade natural (repetindo: a pele oleosa agrava o quadro das lesões, mas não é a causa delas).

Certos fatores tornam a pessoa mais suscetível à condição, entre eles, as doenças que diminuem a imunidade (como diabetes), a leucemia crônica e a AIDS; o uso de medicamentos, como cremes de corticoide ou terapia antibiótica em longo prazo, bem como a falta de higiene adequada, o estresse, o atrito de chapéus e bonés no couro cabeludo e o uso de shampoos não recomendados para seu tipo de cabelo podem também causar essa inflamação.

Segundo a Dra. Alessandra Romiti, o tratamento depende de cada caso e da intensidade da foliculite. “Alguns métodos usados são a aplicação tópica de shampoos, loções, pomadas com ações anti-inflamatórios ou antibióticos, além de medicações orais dependendo do caso”. Mas o ideal é ir ao dermatologista para avaliar e recomendar a melhor terapêutica.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo