Pólipos nasais: causas, sintomas e tratamentos
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O pólipo é definido como qualquer tecido anormal que aconteça no tecido mucoso. Quando ocorre no nariz chamamos de pólipo nasal, apresentando uma estrutura de consistência gelatinosa, podendo crescer na parede de revestimento nasal e/ou nos seios paranasais.
Eles podem variar em tamanho, formato e localização e surgir em uma ou em ambas as cavidades nasais, bem como em diferentes locais dentro do nariz e seios paranasais. Podem ser únicos (como o pólipo antrocoanal) ou múltiplas e/ou confluentes, como na polipose nasal (polipose nasossinusal).
De acordo com a otorrinolaringologista Nathália Tenório, do Hospital Alberto Sabin, de São Paulo/SP, “o pólipo nasal é considerado um tumor benigno, mas por ser diagnóstico diferencial de algumas lesões que podem ter aparência polipóide, deve ser investigado de maneira adequada para descartar a possibilidade de um tumor nasal de outra natureza (quando aparecem somente de um lado, com crescimento rápido), como, por exemplo, papiloma invertido, carcinoma ou estesioneuroblastoma”.
Os sintomas predominantes são obstrução nasal (sensação de nariz entupido) e redução do olfato. Também podem variar na sua intensidade, dependendo do tamanho e das cavidades acometidas. Alguns outros possíveis sintomas são:
- Gotejamento pós-nasal;
- Dores de cabeça e na face;
- Respiração pela boca;
- Secreção nasal excessiva;
- Coriza;
- Ronco durante o sono.
CAUSAS –Os pólipos nasais podem se desenvolver com mais frequência em pessoas portadoras de alguma doença respiratória, como asma, sinusite e rinite alérgica. Pode-se dizer que a principal causa é o ambiente nasal com inflamação crônica, mas, também, pode ser motivado por fatores genéticos e hereditários do paciente.
O diagnóstico da polipose nasal pode ser realizado durante o exame físico e complementares como, a nasofibrolaringoscopia e a tomografia computadorizada de seios paranasais, esta que tem o objetivo de avaliar a extensão da polipose e o comprometimento dos seios paranasais (seios da face). “É um exame diagnóstico indispensável para um paciente candidato a uma cirurgia de polipose nasal/sinusectomia”, destaca a Dra. Natália.
O tratamento varia de acordo com o tamanho e extensão do pólipo nasal. Quando o paciente apresenta poucos sintomas associados pode ser prescrito um corticóide tópico, por meio de spray nasal e realizado acompanhamento do quadro. Controle da asma, naqueles que tiverem.
Conforme explica, “quando o paciente não apresentar melhora com o tratamento clínico ou nos casos em que os pólipos nasais são extensos é indicado procedimento cirúrgico para ressecção e “limpeza”, que consiste na cirurgia nasal endoscópica (por vídeo) e com incisões apenas por dentro do nariz do paciente”.
Na maioria dos casos, o paciente operado tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte do procedimento cirúrgico. A queixa de dor é incomum, pois o desconforto pós-operatório é pequeno. Mas são necessários alguns dias para o repouso.
“Importante ressaltar que mesmo com o tratamento cirúrgico, há a possibilidade de os pólipos nasais voltarem a crescer. Por isso, é fundamental que o paciente mantenha o acompanhamento com um otorrinolaringologista”, alerta a médica.