Prevenção do Infarto do Miocárdio
O infarto ocorre mais comumente acima dos 55 anos, mas pode acontecer em qualquer idade.
No recente jogo entre Flamengo e River Plate, em que o time brasileiro sagrou-se campeão da Libertadores 2019, circularam notícias na mídia sobre a morte de torcedores no país tendo como causa o infarto do miocárdio. O resultado do jogo trouxe grande alegria para inúmeros torcedores, mas, também, imensa tristeza para algumas famílias. Pelo que se sabe, foram em geral pessoas jovens que morreram.
Diante desse fato, torna-se oportuno falarmos da importância da prevenção do Infarto do Miocárdio e do AVC – Acidente Vascular cerebral, este popularmente conhecido como derrame, como um alerta para a população. Tratam- se de duas doenças cardiovasculares graves, que matam muitas pessoas no Brasil, que podem deixar também sequelas no paciente de forma a afetar sua vida e de seus familiares para sempre.
De acordo com o “Cardiômetro” da Sociedade Brasileira de Cardiologia, indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil, só nesse ano, até a presente data (25/11/2019), foram quase 360.000 pessoas que morreram devido a doenças cardiovasculares no Brasil, principal causa de morte no país, seguida pelo câncer, acidentes e violência.
Ouvida pelo Portal Medicina e Saúde, a Dra. Patrícia da Silveira Lages, coordenadora do Serviço de Cardiologia do Hospital Vila da Serra, explica que o infarto acontece quando os vasos sanguíneos, que fornecem sangue ao coração, ficam entupidos, ou obstruídos, devido a uma vasoconstrição, impedindo que chegue oxigênio suficiente ao órgão.
“Ele ocorre mais comumente acima dos 55 anos, mas pode acontecer em qualquer idade, principalmente se existem outros fatores, como o uso de drogas, como cocaína, e algumas doenças reumatológicas, como Lupus e outras vasculites”, afirma a cardiologista.
As causas mais comuns das doenças cardiovasculares, apontadas pela Dra. Patrícia, são o tabagismo (principal causa de morte evitável no mundo), hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, estresse e histórico familiar. Desses, o único fator de risco não modificável é a genética. Mas os outros são passíveis de prevenção. “Por isso, a importância do acompanhamento regular com o médico de confiança, mesmo sem apresentar qualquer sintoma. Após uma avaliação clínica, o cardiologista vai sugerir alguns exames de acordo com as queixas e os fatores de risco de cada paciente. Muito frequentemente descobrimos alterações cardiológicas ao fazermos essa avaliação; o que tem salvo muitas vidas! Portanto, Previna-se! Procure o seu Cardiologista!”, alerta.