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Vacina contra o câncer: descoberta promissora no campo da oncologia

Foto: Pixabay

Uma descoberta promissora no campo da oncologia tem trazido otimismo para a cura do câncer. A vacina contra a doença, em desenvolvimento clínico nos diferentes centros de pesquisa do mundo, é o nome popular usado para denominar a terapia individualizada com neoantígenos (ou INT, na sigla em inglês). 

A estratégia consiste na manufatura de uma vacina individualizada para cada paciente com diagnóstico de câncer, com base no perfil individual de mutações presentes no tumor. Essa abordagem revolucionária busca oferecer uma nova esperança para milhares de pessoas que estão em tratamento contra a doença. Alguns voluntários já estão participando de testes clínicos em vários países, inclusive no Brasil.

Em Fortaleza/CE, uma pesquisa para o desenvolvimento da vacina de RNA mensageiro chamada V940, está em andamento. Ela é coordenada pelo Dr. Eduardo Cronemberger, que está à frente da equipe de Pesquisa Clínica do Centro Regional Integrado de Oncologia – CRIO, em parceria internacional com os laboratórios MSD e Moderna. O estudo, que se encontra em fase de recrutamento, é destinado a pacientes com câncer de pulmão em estágios iniciais. Todos os participantes receberão doses de medicamento usado no tratamento imunoterápico da doença.

Conforme detalha Cronemberger, “a vacina personalizada funciona como um ‘treinamento’ para o sistema imunológico, semelhante à tecnologia das vacinas de RNA mensageiro (mRNA) para a prevenção da Covid-19”.

Segundo ele, ao analisar a sequência do DNA no tumor do paciente, os pesquisadores identificam uma assinatura mutacional ímpar. A partir daí, desenvolvem uma vacina específica para aquele perfil. “Ao ser administrada, a vacina ‘ensina’ o organismo a reconhecer e atacar as células cancerígenas de forma mais eficaz, aumentando as chances de cura e reduzindo os efeitos colaterais dos tratamentos convencionais”.

A abordagem é totalmente personalizada, ou seja, cada paciente recebe uma vacina única, desenhada especificamente para o seu tipo de tumor. Essa personalização é fundamental para aumentar a eficácia do tratamento e minimizar os riscos, reforça o coordenador do estudo, ao ressaltar que a vacina está em fase de desenvolvimento e testes clínicos, e seus benefícios, a longo prazo, ainda estão sendo avaliados.

Nesse sentido, enfatiza, “é essencial que a pesquisa em oncologia continue avançando para alcançarmos índices de cura mais expressivos, principalmente em câncer de pulmão, maior causador de mortes por câncer no mundo, e que essa terapia possa se tornar uma realidade acessível a todos”.

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