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Câncer de pâncreas: anúncio feito pelo guitarrista da banda Titãs alerta sobre a importância de haver mais informação sobre a doença

O anúncio feito no último dia 3, pelo guitarrista Tony Bellotto, da banda Titãs, de que foi diagnosticado com um câncer de pâncreas, importante para a conscientização sobre a doença, trouxe à tona a necessidade de haver uma maior divulgação dessa doença, que atinge sete em cada 10 pacientes acima de 65 anos (68% dos casos) e entre 55 e 64 anos, 90%, de acordo com o National Cancer Institute (NCI), dos Estados Unidos. Tony Bellotto, de 64 anos, é também escritor de obras como Lô, Bellini e a Esfinge, Dom e Vento em Setembro.

Em geral, os sintomas iniciais são inespecíficos, como fadiga, perda de peso, dor abdominal, olhos e pele amarelados, náuseas e dores nas costas. Pacientes que desenvolvem diabetes de forma inesperada em idade avançada, ou que apresentam piora inexplicada no controle da glicemia, devem também ser avaliados para descartar a presença da doença.

Não há um exame de rastreamento eficaz para detectar precocemente o câncer de pâncreas, mas alguns fatores de risco devem ser observados, como o tabagismo, diabetes tipo 2, pancreatite, obesidade e alto consumo de carne vermelha e bebidas alcoólicas. No entanto, “exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, podem auxiliar no diagnóstico precoce em grupos de alto risco, conforme ressalta o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO. 

Segundo ele, para reduzir os riscos é importante manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas regularmente. “Além disso, pessoas com histórico familiar da doença devem consultar um médico para avaliação preventiva”.

De acordo com o levantamento SEER (Surveillance, Epidemiology, and End Results Program) do NCI, com diagnóstico precoce, a taxa de sobrevida em cinco anos dos pacientes com câncer de pâncreas é de 44%.

Tratamento – Em relação ao tratamento, é necessário fazer uma análise criteriosa sobre o estágio da doença, da localização do tumor, da saúde geral do paciente e de outros fatores biológicos.

A cirurgia costuma ser o tratamento mais eficaz. Conforme explica o Dr. Rodrigo, “há dois tipos de abordagens possíveis para o pâncreas: a cirurgia potencialmente curativa, realizada em estágios iniciais, indicada em cerca de 20% dos casos, e a cirurgia paliativa, realizada quando a doença está disseminada, com o objetivo de aliviar os sintomas e prevenir complicações”. Além disso, outros tratamentos não-cirúrgicos, indicados caso a caso, também contribuem para aumentar a sobrevida dos pacientes, como a quimioterapia e a radioterapia. 

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